Eunice Paiva: Uma Homenagem Póstuma que Ecoa a Luta pela Justiça e Memória
Na noite desta quarta-feira (9), o estado presta uma significativa homenagem à memória da advogada Eunice Paiva, concedendo-lhe a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria estadual. Este reconhecimento póstumo celebra a vida e o legado de uma mulher que personificou a resiliência e a busca incessante por justiça em tempos sombrios.
Um Legado Marcado pela Perda e pela Coragem
Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, vítima da ditadura militar e desaparecido político na década de 70, teve sua história de vida retratada no aclamado filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles. A produção cinematográfica não apenas emocionou o público, mas também reacendeu o debate sobre os horrores do período ditatorial e a importância da memória para a construção de um futuro mais justo.
- Reconhecimento no Cinema: A atuação de Fernanda Torres, que deu vida a Eunice Paiva nas telas, foi amplamente elogiada e premiada com o Globo de Ouro de Melhor Atriz.
- Iniciativa Parlamentar: A homenagem é fruto da iniciativa da deputada Dani Monteiro (Psol), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj), que reconheceu a importância de Eunice Paiva na luta contra a ditadura.
Uma Luta que Continua a Inspirar
A concessão da Medalha Tiradentes é um ato simbólico que reforça a importância da luta por memória, verdade, justiça e contra qualquer forma de opressão. Eunice Paiva dedicou sua vida a defender os direitos humanos e a buscar a verdade sobre o desaparecimento de seu marido, tornando-se um símbolo de resistência e esperança.
A medalha será recebida por Chico Paiva, neto mais velho de Eunice e Rubens, perpetuando o legado familiar de luta por um Brasil mais justo e democrático. Que a história de Eunice Paiva continue a inspirar gerações futuras na defesa dos valores democráticos e na busca por um país onde a justiça e a memória prevaleçam.