Escândalo na Paraíba: Filha de Político Envolvida em Acusações de Servidora Fantasma!

O Ministério Público de Contas (MPC) está exigindo a suspensão imediata da nomeação de Alanna Galdino como conselheira do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). A situação se agrava com a solicitação de que ela devolva uma quantia chocante de R$ 646,9 mil, alegadamente recebidos enquanto atuava como “funcionária fantasma”.

Segundo o procurador Bradson Tibério Luna Camelo, responsável pelo caso, há fortes indícios de irregularidades que comprometem a legitimidade da nomeação.

O que está por trás dessa polêmica?

Uma auditoria conduzida pelo próprio Tribunal de Contas da Paraíba revelou que Alanna Galdino, filha do influente presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), pode ter recebido salários da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) sem nunca ter exercido a função.

A defesa de Alanna Galdino, o Governo da Paraíba, a procuradoria-geral do Estado e a Assembleia Legislativa foram contatados, mas até o momento não se manifestaram sobre o caso.

As Recomendações do MPC

Diante das suspeitas, o procurador Bradson Camelo fez as seguintes recomendações:

  • Devolução dos Salários: Alanna Galdino deve devolver todos os valores recebidos como servidora sem comprovação de trabalho.
  • Irregularidades na Indicação: A indicação de Alanna, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador João Azevêdo, está sob suspeita de nepotismo, falta de qualificação técnica e atuação como “servidora fantasma”.
  • Notificação e Apuração: O governador João Azevêdo, os secretários Gilmar Martins e Tibério Limeira, e a própria Alanna Galdino devem ser notificados para apresentar defesa.
  • Procedimento Administrativo: As secretarias envolvidas devem instaurar um processo administrativo para identificar os responsáveis pelo prejuízo aos cofres públicos.

Mais Detalhes do Caso:

A aprovação da indicação de Alanna Galdino para o cargo de conselheira do TCE-PB, em 18 de março, já havia gerado controvérsia, com o Ministério Público de Contas questionando a legalidade do processo e apontando para possíveis irregularidades e nepotismo.

Além disso, a Justiça da Paraíba chegou a suspender a nomeação em 3 de abril, mas a decisão foi revogada no dia seguinte.

Auditoria Reveladora

A auditoria interna do TCE-PB foi contundente ao afirmar que não há registros na SEPLAG que comprovem a prestação de serviços por parte de Alanna Galdino. Pelo contrário, as evidências indicam que ela sequer possuía cadastro nos sistemas informatizados da secretaria.

O relatório também questiona a qualificação técnica de Alanna para o cargo de conselheira, alegando que ela não possui os 10 anos de experiência exigidos em áreas como Direito, Contabilidade, Economia ou Administração Pública.

Apesar de ser bacharel em Direito, Alanna não apresentou comprovantes de experiência compatível com as exigências constitucionais, e seus cursos de curta duração e especializações recentes foram considerados insuficientes.

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