Prepare-se para se Emocionar: A Incrível História da Procissão do Fogaréu que Renasceu Após um Século!
Uma onda de fé, devoção e um profundo senso de resgate histórico tomaram conta de São Tomé das Letras, MG, na madrugada da última sexta-feira (18). Cerca de 1 mil fiéis se reuniram para testemunhar um evento verdadeiramente especial: o retorno da Procissão do Fogaréu, uma tradição que estava adormecida por mais de 100 anos!
Mas o que teria levado ao desaparecimento dessa manifestação religiosa por tanto tempo? Segundo Edson Pereira de Oliveira, chefe do departamento de cultura de São Tomé, a ausência de um padre fixo na paróquia pode ter sido um fator crucial.
A História por Trás do Sumiço:
- De 1895 a 1989, a paróquia não contava com um padre residente, o que naturalmente levou à simplificação e diminuição de eventos como a Semana Santa.
A Luz no Fim do Túnel: O Resgate da Tradição
Em 2018, a igreja e a prefeitura se uniram em um esforço conjunto para resgatar essa importante parte da história local. O primeiro passo foi o tombamento da Semana Santa em São Tomé das Letras a nível municipal, visando proteger e revitalizar a celebração.
O Impacto do Resgate:
- O tombamento da Semana Santa ajudou a proteger a celebração de outros eventos que estavam ofuscando sua importância.
- A medida permitiu que a Semana Santa recuperasse seu espaço e sua relevância na comunidade.
União e Fé: A Receita para o Renascimento
O Departamento Municipal de Cultura de São Tomé das Letras revelou que cerca de 100 pessoas se dedicaram intensamente para que a procissão acontecesse, desde a confecção das roupas dos soldados até a formação do coral. Além disso, foram confeccionadas 750 tochas para iluminar o percurso de um quilômetro entre a Matriz de São Tomé e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Charlene Rocha Medeiro, diretora escolar e participante ativa da Semana Santa, compartilhou sua empolgação em fazer parte desse momento histórico: “A população ficou bastante curiosa, porque eu mesmo nunca vi, a minha mãe também nunca viu. E a gente falou: vamos participar, vamos apoiar também.”
A Chuva Não Apagou a Fé:
No meio da ansiedade e dos preparativos, uma convidada inesperada surgiu: a chuva. Mas nem mesmo a chuva foi capaz de apagar a chama da fé e a determinação dos participantes.
Um Sinal Divino:
- Apesar da chuva e do frio, a procissão seguiu em frente, com as tochas acesas e a fé inabalável.
- Uma senhora presente interpretou a chuva como um sinal de bênção, afirmando que ela tornaria o momento ainda mais especial.
Visitantes de Longe e de Perto:
O retorno da Procissão do Fogaréu atraiu pessoas não apenas de São Tomé das Letras, mas também de cidades vizinhas como Varginha, Três Corações e até mesmo da capital, Belo Horizonte. Padre Robson Antônio Leite, à frente da procissão, testemunhou a emoção dos turistas e o impacto positivo do evento.
Um Legado de Fé e Esperança:
Para o futuro, a expectativa é que a Procissão do Fogaréu atraia ainda mais pessoas. Enquanto isso, os fiéis de São Tomé das Letras guardam com carinho as lembranças desse retorno marcante e a promessa de um futuro ainda mais brilhante para essa tradição secular.
“Já pediram pra eu duplicar as tochas”, compartilhou padre Robson, “Eu pedi que cada um levasse [as tochas] para as suas respectivas residências para guardar como lembrança, porque foi a primeira, né? Foi uma explosão de alegria e de sentimento.”