Ato de Fé e Resistência: Fiéis celebram 40 anos de lavagem da escadaria da Catedral de Campinas!

Há quatro décadas, uma tradição vibrante e cheia de significado colore o Sábado de Aleluia em Campinas (SP). Vestidos de branco, religiosos de matriz africana se reúnem para lavar a escadaria da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, um ato que transcende a religiosidade e se torna um poderoso símbolo de luta e memória.

O que torna essa cerimônia tão especial?

Esta manifestação cultural, acompanhada de perto pela EPTV, emissora afiliada da TV Globo, atrai milhares de fiéis e espectadores, unindo:

  • Honra à ancestralidade: O ritual reverencia o povo Bantus, etnia africana que compôs grande parte da população escravizada no Brasil.
  • Homenagem à padroeira: Uma demonstração de fé e respeito à Nossa Senhora da Conceição.
  • Combate à intolerância: Um grito contra o racismo e a discriminação religiosa.

Como acontece a lavagem?

A celebração começa com um cortejo matinal, que parte da Estação Cultura em direção à Catedral. Chegando lá, os fiéis:

  1. Derramam água de cheiro: Aos pés de Nossa Senhora da Conceição, simbolizando energia e respeito.
  2. Esfregam cada degrau: Com vassouras, purificando o espaço e renovando as esperanças.

Mãe Dango, figura central na criação da cerimônia, destaca a união de diferentes religiões de matriz africana nesse ato de fé. Para ela, a lavagem é um ato de resistência, um lembrete de que a cultura afro-brasileira merece ser valorizada e respeitada.

“Nós somos diferentes, mas somos muito iguais, porque todos temos um pedacinho de África em nós. Então, a lavagem da escadaria é cultura, resistência, união e fé.” – Mãe Dango

Um espetáculo de fé e cultura

A lavagem da escadaria da Catedral não é apenas um evento religioso, mas um importante momento de reflexão e celebração da diversidade cultural brasileira. Como disse a pedagoga Renata Daniel, é uma forma de valorizar a cultura afro-brasileira, muitas vezes marginalizada. E, nas palavras do assessor sindical Giovani da Silva, um momento de “muito axé e força espiritual”.

A aposentada Ana Palmira resume o sentimento de muitos: “Eu acho fantástico que a gente possa ter isso em nossa cidade”.

E você, o que achou dessa linda tradição? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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