Cuscuz: De Queridinho Nordestino a Tesouro Rondoniense!
Imagine saborear um cuscuz quentinho com café, ovo, leite ou até mesmo na versão doce! Essa delícia versátil conquista paladares do café da manhã ao jantar, tornando-se um símbolo de Rondônia. Mas, você já se perguntou sobre a origem dessa iguaria e por que ela faz tanto sucesso por aqui?
Em celebração ao Dia Nacional do Milho (24 de abril), ingrediente essencial do cuscuz, embarcamos em uma jornada com o historiador Aleks Paliot para desvendar como esse prato típico nordestino se tornou o favorito do Norte.
A Saga do Cuscuz: Do Nordeste a Rondônia
A história do cuscuz em Rondônia está intrinsecamente ligada ao Ciclo da Borracha. Aleks Paliot explica que esse período atraiu um grande fluxo migratório de nordestinos e pessoas de diversas regiões para a área.
Esses “soldados da borracha”, fugindo da seca, trouxeram consigo não apenas seus pertences, mas também sua cultura e, claro, o cuscuz!
Raízes Africanas e a Chegada ao Brasil
Mas a trajetória do cuscuz é ainda mais antiga! Suas raízes remontam ao continente africano, de onde foi trazido para o Brasil nos navios negreiros, juntamente com os escravizados que trabalhavam nas lavouras de cana-de-açúcar do Nordeste. Foi assim que o cuscuz se incorporou à culinária nordestina.
Mais que Comida: Um Símbolo de Identidade
O cuscuz transcende a simples definição de alimento. Ele representa a identidade de povos que, por diferentes razões, foram forçados a deixar seus lares. Em Rondônia, a combinação de culturas distintas resultou na popularidade do cuscuz, que hoje é apreciado de diversas formas e em diferentes momentos do dia.
O historiador Aleks Paliot resume essa fusão cultural:
Houve um sincretismo gastronômico cultural, entre os nordestinos e os ‘beiradeiros’. Foi assim que o alimento se tornou típico aqui.
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