Hospital é acusado de negligência após paciente ser amarrada e sofrer queda!

Uma denúncia chocante abala o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) em Taguatinga, Distrito Federal. Uma paciente, que preferiu não se identificar, relata ter vivenciado momentos de terror durante sua internação de 15 dias devido a um quadro de depressão. O período, entre 4 e 19 de junho de 2024, foi marcado por negligência médica e maus-tratos, segundo a paciente.

A denúncia ganha ainda mais peso após a recente e trágica morte de Eva de Oliveira, encontrada sem vida em um dos banheiros do hospital. A paciente que denuncia a negligência afirma ter passado por situações similares às de Eva.

O pesadelo da internação:

  • Desmaios e abandono: A paciente relata ter sofrido dois desmaios durante a internação. Em um deles, ocorrido no banheiro durante a madrugada, ela foi encontrada apenas na manhã seguinte por outra paciente, assim como aconteceu com Eva de Oliveira.
  • Ferimentos e demora no atendimento: Após o desmaio no banheiro, a paciente sofreu um corte profundo na cabeça, necessitando de sete pontos. Ela alega que o atendimento médico demorou a chegar, sendo levada ao hospital somente após a chegada de seus familiares.
  • Contenção física abusiva: Após o segundo desmaio, a equipe do hospital passou a amarrá-la na cama. A paciente descreve a contenção como uma forma de punição, causando-lhe grande revolta.
  • Cárcere privado: Apesar de ter se internado voluntariamente, a paciente relata que foi impedida de deixar o hospital sem autorização médica ou familiar, sentindo-se em cárcere privado.

O que diz a lei sobre internações psiquiátricas?

A legislação brasileira prevê três tipos de internação psiquiátrica:

  1. Internação compulsória: Determinada pela Justiça, com base em laudo médico.
  2. Internação voluntária: Quando o paciente aceita o tratamento e pode solicitar a alta a qualquer momento.
  3. Internação involuntária: A pedido da família ou responsável, com comunicação ao Ministério Público em 72 horas.

A paciente do HSVP relata que sua internação foi considerada voluntária, o que, segundo a lei, lhe daria o direito de solicitar a alta a qualquer momento. Essa informação confronta a alegação de que ela foi impedida de deixar o hospital.

O caso levanta sérias questões sobre a qualidade do atendimento e o respeito aos direitos dos pacientes no Hospital São Vicente de Paulo. As autoridades competentes devem investigar a fundo as denúncias e garantir que medidas sejam tomadas para evitar que situações como essa se repitam.

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