Elas Chegaram Voando! Drag Queens Amazônicas Conquistam a França com Arte e Resistência LGBTQIA+
Prepare-se para se inspirar com a história de 18 artistas incríveis do movimento paraense Themônias! Elas cruzaram o Atlântico e aterrissaram em grande estilo na França, marcando presença na renomada “LILLE 3000 Parade”. Este evento artístico de prestígio dá o pontapé inicial no circuito cultural francês, onde Lille se consagra como a capital da cultura na França.
Revoada das Themônias: Um Projeto de Empoderamento e Visibilidade
Batizado de “Revoada das Themônias na França”, o projeto ousado levou performances vibrantes para duas cidades icônicas: Lille e Paris. E o impacto foi imediato!
Gabriela Luz, artista visual e integrante das Themônias, compartilhou a experiência emocionante:
“Fomos recebidas de braços abertos pelo público francês, estabelecemos conexões valiosas e dialogamos com a imprensa. Tivemos a oportunidade de compartilhar nossa cultura e diversidade, desafiando estereótipos sobre a Amazônia e mostrando que ela é negra, indígena e repleta de arte.”
De Lille a Paris: Uma Jornada de Arte e Ativismo
Em Lille, o cortejo contagiou as ruas com alegria e cor, com um carro alegórico, performances eletrizantes e um grupo de 100 pessoas vestidas pela talentosa artista Uhura Bqueer.
Mas a arte das Themônias vai além do entretenimento. Suas performances provocam reflexões sobre:
- Os Desafios da Amazônia: Questões urgentes que afetam a região.
- A Importância da Floresta: Um bioma vital para o planeta.
- As Mudanças Climáticas: Um debate crucial para o futuro.
As artistas também brilharam no Théâtre du Nord, compartilhando suas criações, linguagens e a força do movimento amazônico com o público francês.
Rafa Bqueer, artista visual e drag Themônia, resumiu o impacto do cortejo:
“Este evento destaca a importância da visibilidade e da valorização da Amazônia brasileira, uma Amazônia que clama por reconhecimento e mostra ao mundo sua potência política, apresentando à França um Brasil ancestral e LGBTQIAPN+.”
Cabaret Madame Arthur: Um Palco de Resistência e Expressão
Em Paris, a “Revoada” fez um pouso estratégico no Cabaret Madame Arthur, um símbolo de resistência LGBTQIAPN+ desde 1946. Lá, as artistas realizaram performances individuais e coletivas, em parceria com o elenco local.
Cedric Ramos, tradutor e drag Themônia, compartilhou um momento marcante:
“A interação e o olhar das crianças foram muito emocionantes. Depois de enfrentarmos tantas situações de intolerância, ver o brilho nos olhos de crianças e adultos diante da nossa presença foi algo inesquecível.”
A Revoada dos Pássaros Amazônicos: Uma Metáfora de Preservação
As montações drag da “Revoada” são inspiradas na diversidade dos pássaros amazônicos ameaçados de extinção, no imaginário e na cultura da região. Elas nos lembram da importância da preservação ambiental e das consequências da exploração.
Uhura Bqueer destaca o legado que as Themônias desejam deixar:
“Queremos evidenciar a potência cultural, social e artística da Amazônia para o mundo e provocar o debate sobre a preservação ambiental, valorizando os povos da floresta, suas culturas e seus ecossistemas. Para manter a floresta em pé, é preciso fortalecer quem vive nela.”
Um Convite à Resistência e à Celebração da Diversidade
O projeto é um convite para repensarmos a sociedade e celebrarmos a diversidade. E você pode acompanhar essa jornada transformadora nas redes sociais, no perfil @asthemonias no Instagram.
Elenco Estelar da Cena Artística Paraense
Conheça os artistas que estão brilhando nesta revoada:
Uhura Bqueer, Tristan Soledad, Sarita Themônia, Brigitte Liberté, Flores Astrais, Skyssime, Shayra Brotero, Xirleytão, Mila Milambe, Yndjah, Cedric, Johan, Alexia Turner, Rubi da Bike, Monique Lafon, Condessa de Devonriver e Anne Pereira.
Intercâmbio Cultural: Brasil e França Unidos pela Arte
A parceria com o Cabaret Madame Arthur vai além das apresentações em Paris. Artistas do cabaré se apresentarão no Brasil no segundo semestre de 2025, ao lado das Themônias.
Gabriela resume a essência do movimento:
“Somos um movimento plural e diverso, que nasce e cresce na Amazônia paraense, mas que sonha e ocupa o mundo inteiro. Queremos mostrar que a arte feita por pessoas LGBTQIAPN+ dissidentes de gênero, raça e classe merece espaço, valorização e dignidade.”