Atenção, pais de celíacos! O que aconteceu nessa escola no Paraná é chocante!
Uma simples lancheira com um bolo de cenoura sem glúten desencadeou uma polêmica acalorada entre uma mãe e a Secretaria Municipal de Educação de Araucária, região metropolitana de Curitiba. A história, que parece trivial, revela uma batalha pela segurança alimentar de crianças celíacas.
O Bolo da Discórdia: Uma Mãe Preocupada
Tayrine Novak, mãe de uma menina diagnosticada com doença celíaca em grau grave, enviou um bolo de cenoura sem glúten para a escola. O que ela não esperava era que esse gesto gerasse tanta controvérsia.
A raiz do problema? Outra mãe questionou a diferença entre o bolo caseiro e a merenda escolar oferecida. Tayrine, por sua vez, expressou sua preocupação com a contaminação cruzada, um risco constante na vida de celíacos.
A Contaminação Cruzada: Um Perigo Invisível
A contaminação cruzada ocorre quando alimentos sem glúten entram em contato com alimentos que contêm glúten, seja na mesma cozinha ou através de utensílios compartilhados. Para celíacos, essa contaminação pode ter sérias consequências.
“Eu expliquei que ela não poderia ser alimentada com nada que tivesse glúten, como está no diagnóstico dela, por ela ser celíaca, e nem ter contaminação cruzada”, desabafou a mãe.
Cardápio Especial vs. Realidade da Cozinha
Embora a escola ofereça um cardápio adaptado para celíacos, como exige a lei, Tayrine teme que a contaminação cruzada possa estar afetando a saúde de sua filha. Exames médicos indicariam essa possibilidade.
“Com os exames e o laudo médico dela dizendo que ela tinha que ser alimentada somente por mim, pra não haver contaminação cruzada, a escola de início se negou […] Acaba sendo um absurdo eu poder ter a escolha de colocar na marmita dela o que eu tenho, naquele momento, em casa”, relatou Tayrine.
A Busca por uma Solução: Mediação e Nova Lei
Em 2024, o Conselho de Alimentação Escolar recorreu ao Ministério Público para mediar a situação. A alegação era que a mãe não seguia o cardápio da escola.
Após a mediação, uma lei municipal foi aprovada, permitindo que alunos celíacos levem seus próprios alimentos para a escola. No entanto, esses alimentos devem ser semelhantes aos oferecidos pela instituição.
O Que Diz a Secretaria de Educação?
Segundo Giovanna Dalla Corte, secretária de comunicação social, a prefeitura oferece 46 cardápios diferentes para atender às necessidades de alunos veganos, celíacos, vegetarianos e com outras restrições alimentares.
“Existe uma lei municipal do ano passado em que, sim, dá respaldo às mães de celíacos onde elas podem trazer a comida, desde que esta comida seja semelhante ao cardápio oferecido”, explicou a secretária.
Advogado Acusa Postura Opressora
Daniel Kaefer, advogado de Tayrine, critica a postura da Secretaria de Educação, alegando que servidores estariam oprimindo a mãe por apontar falhas no sistema.
“Quando a mãe demonstra que há uma falha no procedimento de atuação do Estado, os servidores, ao invés de acolher, incluir e proteger essa mãe, ao invés disso […] a gente vê esses servidores utilizando a máquina pública para oprimir uma mãe, silenciar uma mãe”, declarou o advogado.
Prefeitura Pede Desculpas e Anuncia Melhorias
A Prefeitura de Araucária se desculpou publicamente com Tayrine e outras mães de celíacos. Prometeu criar um canal de comunicação direto, revisar protocolos e ampliar campanhas de conscientização sobre diversidade alimentar.
Conclusão: Uma Lição a Ser Aprendida
Essa história serve de alerta sobre a importância de garantir a segurança alimentar de crianças celíacas nas escolas. É fundamental que as instituições de ensino ofereçam cardápios adequados, evitem a contaminação cruzada e estejam abertas ao diálogo com os pais.
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