De Detento a Empreendedor Sustentável: A Incrível História de Marinaldo no Amapá!

Já imaginou transformar lixo em luxo e ainda ajudar pessoas? Essa é a história inspiradora de Marinaldo Costa dos Santos, um ex-detento de 55 anos que encontrou um novo propósito de vida nas garrafas PET descartadas no Amapá.

Após cumprir pena no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), Marinaldo decidiu apostar na produção de vassouras ecológicas. Uma ideia que surgiu dentro do presídio e se tornou sua forma de sustento há 7 anos.

A Virada de Chave: Da Prisão ao Propósito

Marinaldo compartilha:

  • A ideia nasceu dentro do sistema penitenciário.
  • Ele buscava uma alternativa para recomeçar a vida após a prisão.
  • Enfrentou o preconceito e a falta de oportunidades.
  • A produção de vassouras se tornou a solução para se reerguer.

Com o casamento, veio a necessidade de aumentar a renda. Marinaldo começou a vender suas vassouras de porta em porta, complementando o orçamento familiar e percebendo o potencial do seu negócio.

A produção se intensificou ao perceber que, além de garantir o sustento, ele resolvia um grave problema ambiental: o descarte inadequado de garrafas PET no estado.

“Eu percebi que as pessoas jogam muito fora os resíduos, confundindo com lixo. Então, comecei a confeccionar essas vassouras e tirar o meu próprio sustento”, relata Marinaldo.

Impacto Social: Empregabilidade para Mulheres em Situação de Rua

O sucesso do negócio impulsionou Marinaldo a criar a marca ‘Virtuosa’ e a associação ‘Mulher Virtuosa’, uma ONG que funcionava como um centro de reabilitação, oferecendo oportunidades para mulheres em situação de rua e usuárias de drogas.

“Quando abrimos o centro de reabilitação, eu passei a me sustentar confeccionando as vassouras com elas. Era uma forma de nos alimentarmos sem ter que pedir na porta de ninguém. Eu vi nas garrafas PET um ouro!”, exclama o produtor.

Desafios e Superação

A jornada não foi fácil. A equipe enfrentou preconceito ao buscar garrafas descartadas em diversas localidades. Marinaldo desabafa:

  • Discriminação por ser uma instituição sem fins lucrativos.
  • Preconceito ao coletar materiais em áreas de risco.

Atualmente, a associação não emprega mais mulheres em vulnerabilidade social devido à falta de recursos financeiros para mantê-las com alimentação adequada. Marinaldo busca apoio de empresários, governo ou prefeitura para retomar o projeto.

A falta de recursos também afeta a produção, que ainda é realizada de forma artesanal. Marinaldo sonha com equipamentos que possam otimizar o trabalho e gerar mais bem-estar para as mulheres.

Um Novo Capítulo: Ecopets e Apoio do Sebrae

Hoje, Marinaldo segue na produção das vassouras sozinho, mas não precisa mais coletar o material nas ruas. A criação dos pontos Ecopet e a contribuição do Sebrae, com a doação de garrafas, facilitaram o acesso à matéria-prima.

Economia Circular em Ação

Marinaldo vende suas vassouras a R$ 10 a unidade e R$ 120 a dúzia. Sua mão de obra também é vendida para supermercados, impulsionando as vendas e gerando renda.

O preço acessível é possível porque todo o material é adquirido no estado, garantindo uma margem de lucro para o sustento de Marinaldo.

Um Apelo à Solidariedade

“Tudo é feito de forma artesanal, tudo foi encontrado no lixo e reaproveitado. Mas precisamos de máquinas elétricas e materiais como cabos, tacos, capas e pregos. Cada garrafa que chega aqui colabora para tirar uma vida da rua, e quando se tira uma mulher da rua, se tira uma família da rua!”, finaliza Marinaldo.

Que tal apoiar essa causa e transformar vidas através da reciclagem? #Amapá #Empreendedorismo #EconomiaCircular #InclusãoSocial

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *