Tradição em Doçuras: Como a Solidariedade Mantém Viva a Festa do Divino em Mogi das Cruzes

A Festa do Divino Espírito Santo em Mogi das Cruzes é um evento que aquece corações e adoça paladares. Mas você sabia que por trás dos deliciosos doces tradicionais existe uma história de amor e solidariedade?

Todos os anos, voluntários dedicados, carinhosamente apelidados de “abelhinhas e zangões”, unem forças para preparar os famosos doces de laranja azeda, mamão, abóbora e batata-doce. Esses quitutes, que fazem parte da memória afetiva de muitos, enfrentam um desafio crucial: a dificuldade em encontrar ingredientes-chave.

O Desafio dos Ingredientes Raros

Imagine a dificuldade em manter uma tradição quando a principal matéria-prima é rara! A laranja azeda e o mamão verde, essenciais para alguns dos doces mais apreciados, não são encontrados facilmente em supermercados ou feiras.

É aí que a solidariedade entra em cena, como um ingrediente secreto e indispensável. Produtores rurais e devotos da região se unem para doar as frutas, garantindo que a tradição continue viva.

A Magia da Produção Artesanal

A produção dos doces é um verdadeiro ritual artesanal. O doce de laranja, por exemplo, leva cerca de dez dias para ficar pronto, exigindo paciência e dedicação das “abelhinhas e zangões”.

Festa do Divino 2025: Uma Celebração de Fé e Devoção

Prepare-se! A Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes acontecerá de 29 de maio a 8 de junho de 2025, celebrando 412 anos de fé e devoção. O tema deste ano é inspirador: “Divino Espírito Santo e São Francisco, nosso irmão! Ensinai-nos a contemplar o esplendor da criação”.

  • Festeiro: João Pedro Mota
  • Capitães-de-mastro: Lizandro Leonardo da Silva Corrêa e Patrícia Aparecida do Espírito Santo Corrêa

A Luta Pela Laranja Azeda

De acordo com Marcelo Braz, presidente da Associação Pró-Festa do Divino, o doce de laranja é o mais desejado, mas também o mais difícil de produzir. A raridade da laranja azeda, que não é comercializada em larga escala, é um grande obstáculo.

Além disso, os pés de laranja azeda existentes no Alto Tietê estão envelhecidos e com baixa produção. Como apenas a casca é utilizada, muitos agricultores deixaram de cultivar a fruta.

Doações: A Chave Para Manter a Tradição

Em 2024, a Associação recebeu apenas quatro sacos de laranja azeda, evidenciando a importância das doações para a produção dos doces.

O doce de mamão verde também enfrenta dificuldades, já que é feito com um tipo específico de mamão, diferente dos mais comuns. No ano passado, foram arrecadados 300 quilos da fruta, e a Comunidade Rosa Mística já se comprometeu a doar mamão verde para a festa deste ano.

Marcelo Braz ressalta: “Esses doces são produzidos com as frutas que chegam por meio de doação, muitas vezes, é feita por pessoas que plantam essas frutas em seus sítios ou casas. Ou seja, há produção somente em caso de que se ganhem essas frutas, porque não há disponível para a venda”.

Abóbora e Batata-Doce: Mais Facilidade na Produção

A produção dos doces de abóbora e batata-doce é mais tranquila, pois a organização consegue comprar esses ingredientes em supermercados e feiras. No ano passado, foram compradas quase 4 toneladas de abóbora, enquanto as doações ficaram entre 50 e 60 quilos.

A batata-doce rendeu dez sacos arrecadados, mas o doce não é tão popular quanto os demais. Além das frutas, a produção depende de doações de açúcar, que nem sempre são suficientes.

Sua Doação Faz a Diferença!

E aqui vai um lembrete importante: todo o valor arrecadado com a venda dos doces é destinado a entidades sociais. Ao doar, você estará contribuindo para uma causa nobre e ajudando a manter viva essa linda tradição.

Se você deseja fazer uma doação para a Festa do Divino, entre em contato pelo telefone 4790-6835 ou entregue os itens na Associação Pró-Festa do Divino, localizada na avenida Francisco Rodrigues Filho, 1232, Vila Mogilar, Mogi das Cruzes.

Junte-se a nós nessa corrente de solidariedade e faça parte da história da Festa do Divino!

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