Urgente: Saúde Indígena no Tocantins em Crise! Defensorias Investigam o Caos!
Atenção! As defensorias do Tocantins e da União uniram forças para investigar as graves denúncias de negligência na saúde das aldeias Apinajé. A situação é alarmante e exige medidas urgentes!
O Drama de Kunityk: Um Grito de Socorro
Kunityk Apinage, um idoso de 92 anos, personifica a luta diária enfrentada por seu povo. Precisando desesperadamente de manutenção em sua bolsa de colostomia, ele se vê impedido pela falta de transporte. Sua voz, ainda que hesitante em português, ecoa um sofrimento profundo e a certeza de que essa não é a realidade que deveriam enfrentar.
“Eu quero pedir para autoridade, remédio para nós”, clama Kunityk, um apelo que ressoa em cada aldeia Apinajé.
Luto e Desesperança: Oito Mortes Sem Diagnóstico
A dor de Kunityk se agrava pela recente perda de sua esposa, cuja causa da morte permanece um mistério. Em apenas seis meses, oito vidas Apinajé foram perdidas sem sequer um diagnóstico, um número que expõe a fragilidade do sistema de saúde na região.
Pré-Natal Negligenciado: Um Futuro Ameaçado
Jocacia Xerente, grávida de cinco meses, vive a angústia de não ter acesso aos exames essenciais para garantir uma gestação saudável. A falta de ultrassom e outros cuidados básicos colocam em risco a sua vida e a de seu bebê.
“Está faltando exame e ultrassom, até agora que eu não fiz ainda, eu estou esperando”, desabafa Jocacia, expressando a espera interminável por um cuidado que nunca chega.
Recém-Nascidos Desprotegidos: Um Começo Difícil
A negligência não poupa nem mesmo os recém-nascidos. Marquinhos, com apenas um mês de vida, ainda não realizou o teste do pezinho, um exame crucial para detectar doenças graves. Órfão de mãe, ele é cuidado pela avó materna, que vive com o constante medo de sua saúde.
“Eu fico preocupada, porque ela é pequenininha ainda, por isso que eu fico preocupada quando ficar doente”, revela Juraci Almeida, a avó que assume a responsabilidade de proteger o futuro de Marquinhos.
Posto de Saúde Abandonado: Um Cenário Desolador
Na Aldeia Patizal, o posto de saúde, que deveria ser um refúgio de esperança, se encontra em ruínas. Prateleiras vazias, equipamentos quebrados e uma estrutura precária simbolizam o abandono e a falta de recursos.
“Está caindo coisa tudo assim da beirada. Nós ficamos com medo de ficar debaixo e cair em cima de nós”, alerta Jesuíno Apinajé, cacique da Aldeia Patizal, evidenciando o perigo constante que a comunidade enfrenta.
Defensorias em Ação: Uma Luz no Fim do Túnel?
Diante do caos, as defensorias públicas da União e do Tocantins realizaram um mutirão de atendimentos e constataram a gravidade da situação. A defensora pública Letícia Amorim ressalta a importância dos exames para evitar óbitos e garantir o acesso à saúde.
“Muitas pessoas que nós ouvimos, elas nos relataram essa ausência de realização de exames pela rede pública, o que pode ocasionar, certamente um óbito se aquela equipe médica não tiver conhecimento de problemas preexistentes”, afirma Letícia Amorim.
Próximos Passos: Uma Reunião Decisiva
Uma reunião entre as defensorias, representantes dos municípios, do estado e do governo federal está agendada para a próxima semana. A comunidade indígena deposita suas esperanças nessa reunião, na busca por soluções concretas e imediatas.
“Nós estamos pedindo socorro porque nós não temos mais a quem a recorrer. Então nós já enviamos vários documentos às autoridades competentes, mas infelizmente não tem resposta”, desabafa Marlucia Apinaje, conselheira de saúde indígena, expressando a frustração e a urgência da situação.
As Respostas Oficiais: Uma Visão Divergente
A Secretaria de Saúde do Tocantins e o Ministério da Saúde se pronunciaram sobre o caso, atribuindo responsabilidades aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas e aos municípios. No entanto, a comunidade Apinajé continua a clamar por ajuda, demonstrando que as ações implementadas até o momento não são suficientes para resolver a crise.
Você Pode Ajudar!
Compartilhe essa notícia e ajude a dar visibilidade à situação da saúde indígena no Tocantins! Juntos, podemos pressionar as autoridades a tomar medidas urgentes e garantir o direito à saúde para todos!
Leia Também:
- Dia dos Povos Indígenas: caciques do Alto Tietê reivindicam por saúde especializada
- MPF aponta problemas estruturais em unidades de saúde indígena no Pará e cobra soluções
- A 270 km de Manaus, matriarca de aldeia indigena celebra chegada de barco-hospital em comunidade ribeirinha: ‘Sentimos falta de médico’