Nomeação Polêmica em Roraima: Ex-presidente do Iteraima, Investigada por Grilagem, Assume Cargo na Femarh!
A nomeação de Dilma Lindalva Pereira da Costa, ex-presidente do Instituto de Terras e Colonização do Estado de Roraima (Iteraima), para um cargo de diretoria na Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) gerou grande controvérsia. A indicação foi feita pelo governador Antonio Denarium (PP), mas a nomeação de Dilma, investigada por suspeita de envolvimento em um esquema de grilagem de terras, provocou a imediata reação de deputados estaduais, que pediram sua exoneração durante a sessão da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) na terça-feira (13).
Mas, afinal, o que está por trás dessa polêmica?
Dilma Lindalva foi designada para o cargo de Diretora de Monitoramento e Controle Ambiental, com a nomeação publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quarta-feira (14). No entanto, sua nomeação reacendeu o debate sobre as investigações em curso contra ela.
Entenda o Caso:
- Investigação por Grilagem: Dilma é investigada por suposto envolvimento em um esquema de grilagem de terras no estado.
- Reação na Assembleia: Deputados como Soldado Sampaio (Republicanos), Jorge Everton (União) e Renato Silva (Podemos) manifestaram-se exigindo a exoneração da nomeada.
- Investigação do MPC: Dilma também é alvo de investigação do Ministério Público de Contas de Roraima (MPC) por suposta grilagem de terras públicas na Gleba Baliza, com estimativa de prejuízos de até R$ 1,3 bilhão.
O presidente da Assembleia Legislativa, Soldado Sampaio, expressou preocupação com a nomeação, lembrando que a CPI das Terras já havia recomendado a exoneração de Dilma devido ao seu envolvimento comprovado em esquemas de grilagem. Sampaio anunciou que acionará a Procuradoria Jurídica da Assembleia para tentar barrar a nova nomeação.
O que é Grilagem de Terras?
A grilagem, também conhecida como roubo de terras, é a ocupação ilegal e fraudulenta de terras públicas, muitas vezes realizada com documentos falsos para a obtenção de títulos de propriedade.
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CPI e as Suspeitas de Grilagem
Dilma Lindalva passou a ser investigada pela CPI da Assembleia Legislativa de Roraima em 31 de março de 2025. Segundo a Ale-RR, há indícios de que ela tentou obstruir as investigações. As suspeitas do MPC incluem favorecimento indevido na regularização fundiária da Gleba Baliza, estimada em 904 mil hectares, além de grilagem e prejuízos que podem chegar a R$ 1,3 bilhão para os cofres públicos.
Em março, o governador Antonio Denarium defendeu Dilma, considerando as denúncias “improcedentes”. Já a ex-presidente alegou que as acusações são “informações bastante truncadas” e que as denúncias levadas ao MPC “não condizem com a verdade”.
Diante da repercussão do caso, a nomeação de Dilma Lindalva para a Femarh permanece no centro das atenções, com desdobramentos que podem impactar a política e a gestão ambiental de Roraima.