Demissão por tranças? A história chocante de Gabriela em Maceió!

Gabriela Barros, uma jovem de 21 anos de Maceió, Alagoas, viveu um pesadelo após uma simples mudança no visual: colocar tranças no cabelo. Estudante de publicidade, ativista e defensora da população negra, Gabriela teve sua história viralizada após denunciar ter sido demitida por racismo.

Mas quem é Gabriela e como essa situação a afetou? Continue lendo para descobrir todos os detalhes dessa história que reacende o debate sobre racismo no mercado de trabalho.

A Voz Ativa de Gabriela Barros

Gabriela não é apenas uma estudante; ela é uma voz ativa na comunidade. Integrante de projetos como o Click Niggas e o Ankh, ela trabalha para fortalecer a cultura negra e periférica. A jovem conta que sua participação nesses coletivos transformou sua vida, dando-lhe consciência social e a coragem para não se calar diante do racismo.

Roger Silva, idealizador do Click Niggas, destaca que a iniciativa busca proporcionar um ambiente mais acolhedor e confortável para a comunidade negra, oferecendo um “abraço” e um “sorriso” em meio a um sistema racista.

O Impacto da Moda na Vida de Gabriela

Além do ativismo, Gabriela encontrou na moda uma nova forma de expressão. Através dos projetos sociais, ela teve a oportunidade de desfilar e participar de sessões de fotos, mostrando sua versatilidade e empoderamento.

A Denúncia de Racismo e a Demissão Injusta

Mesmo sendo uma voz ativa e atuante, Gabriela não escapou do racismo. Após colocar tranças no cabelo, ela foi surpreendida com a atitude de sua ex-chefe, que a comparou com uma funcionária branca e exigiu que ela retirasse as tranças imediatamente, sob pena de demissão.

As palavras da ex-chefe foram:

“Tire essa trança hoje. Se for para vir amanhã para a empresa, nem venha com essa trança. Estou te avisando.”

Gabriela, firme em suas convicções, recusou-se a ceder à pressão e acabou sendo demitida.

Medidas Legais e Busca por Justiça

Diante da situação, Gabriela não se intimidou. Ela registrou um Boletim de Ocorrência e denunciou o caso à Justiça do Trabalho. Seu advogado, Pedro Gomes, informou que Gabriela prestará depoimento à Polícia Civil. A jovem busca justiça e espera que seu caso sirva de exemplo para que outras pessoas não sofram o mesmo tipo de discriminação.

O Desabafo de Gabriela

Em seu desabafo, Gabriela expressa a dor e a indignação diante da atitude racista:

“Ela disse que [o penteado] era perfil de loja de hippie, que não era o perfil da empresa dela. E eu decidi que não iria tirar a trança dessa vez. Isso vai totalmente contra o que eu acredito, contra o que eu prego e contra as minhas vivências. Vai contra a minha ancestralidade.”

Trança Nagô: Símbolo de Ancestralidade e Resistência

As tranças nagô, usadas por Gabriela, são muito mais do que um simples penteado. Elas representam a ancestralidade, a cultura e a resistência da população negra. Ao tentar proibir Gabriela de usar tranças, a ex-chefe demonstrou preconceito e desconhecimento sobre a importância desse símbolo.

Racismo vs. Injúria Racial: Qual a Diferença?

É importante entender a diferença entre racismo e injúria racial. Ambos são crimes, mas com características distintas. Enquanto o racismo se refere à discriminação contra um grupo racial, a injúria racial consiste em ofender a honra de alguém utilizando elementos relacionados à raça, cor, etnia, religião ou origem.

A história de Gabriela Barros é um lembrete de que a luta contra o racismo continua. É preciso denunciar, combater o preconceito e valorizar a diversidade em todas as suas formas.

Acompanhe os Próximos Capítulos!

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