Por Trás das Grades da China: Uma História de Horror e Sobrevivência que Você Precisa Conhecer!
Imagine ser jogado em uma cela imunda, dividindo espaço com dezenas de outros presos, enquanto o sono se torna um luxo distante. A luz nunca se apaga, a higiene é precária e o trabalho forçado te consome. Essa era a realidade diária nas prisões chinesas, segundo o australiano Matthew Radalj, que viveu um pesadelo de cinco anos na Prisão Número 2 de Pequim, um local destinado a estrangeiros.
Radalj, agora fora da China, decidiu romper o silêncio e expor os horrores que testemunhou: castigos físicos brutais, trabalho exaustivo, fome constante e uma tortura psicológica que testava os limites da sanidade. E a BBC confirmou sua história através de outros ex-presos, que compartilharam o mesmo sofrimento.
Atenção! Muitos ex-detentos preferiram o anonimato, temendo represálias contra suas famílias que ainda residem na China. Outros, simplesmente, querem enterrar essa experiência traumática no esquecimento.
O que esperar ao entrar em uma prisão chinesa?
- Celas superlotadas e imundas
- Privação de sono constante
- Luzes acesas 24 horas por dia
- Higiene precária
- Trabalho forçado
A Chegada ao Inferno
A experiência de Radalj começou de forma brutal: “Apanhei por dois dias seguidos, fiquei 48 horas sem dormir, comer ou beber, e me forçaram a assinar um monte de documentos”. Ele foi preso em janeiro de 2020, após uma discussão sobre o conserto da tela de seu celular em um mercado de eletrônicos.
Injustamente condenado, Radalj confessou um crime que não cometeu, acreditando que isso reduziria sua pena. Mas a realidade na prisão era ainda mais cruel.
O Sistema de Pontos: Uma Falsa Esperança
A tortura psicológica era uma constante, especialmente através do “sistema de pontos por bom comportamento”, que prometia reduzir a pena. Os presos ganhavam pontos por estudar a literatura do Partido Comunista, trabalhar na prisão e delatar colegas.
Para conseguir a redução da pena, era necessário acumular 4.200 pontos, o que exigiria um comportamento exemplar por mais de três anos e meio. No entanto, Radalj denuncia que o sistema era manipulado para punir os presos no momento em que estavam prestes a alcançar a meta, tornando a esperança em desespero.
As infrações que te faziam perder pontos:
- Guardar ou dividir comida
- Sair da linha ao caminhar
- Pendurar meias de forma “incorreta”
- Ficar perto da janela
Fome e Punição: O Controle da Comida
A alimentação era escassa e de péssima qualidade: repolho cozido em água suja, com raros pedaços de cenoura ou carne. A maioria dos presos sofria de desnutrição.
A punição mais comum era a redução da comida. Radalj ficou 14 meses sem poder comprar alimentos extras por se recusar a trabalhar na fábrica da prisão.
A Solitária: O Limite da Sanidade
Radalj passou 194 dias na solitária, em uma cela escura e minúscula, com a comida reduzida pela metade. Sem livros ou contato humano, a tortura psicológica era implacável.
“Você começa a enlouquecer, queira ou não”, desabafa Radalj.
O Diário Secreto: A Luta pela Verdade
Para resistir aos horrores, Radalj escreveu um diário secreto dentro de máscaras de proteção contra a Covid-19. Ele também coletou informações de outros presos para contatar suas famílias após a libertação.
Em uma cena digna de filme, Radalj tentou engolir o diário para evitar que fosse confiscado, mas foi descoberto pelos guardas. No dia de sua libertação, ele escondeu as anotações no forro de sua jaqueta e conseguiu levar a verdade para fora das grades.
A Vida em Liberdade: Um Novo Começo
De volta à Austrália, Radalj se casou e tenta reconstruir sua vida. Mas a experiência na prisão o marcou para sempre. Agora, ele se dedica a ajudar os companheiros que ficaram para trás, contatando suas famílias e pressionando as embaixadas.
A história de Matthew Radalj é um grito de alerta sobre as condições desumanas nas prisões chinesas. Um relato chocante de horror, resistência e a busca pela verdade em meio à escuridão.