Prepare-se para se emocionar: A fé que move Mogi das Cruzes na Festa do Divino Espírito Santo!
Mogi das Cruzes se prepara para um dos momentos mais emocionantes e aguardados do ano: a Procissão de Pentecostes, que marca o encerramento da tradicional Festa do Divino Espírito Santo. No próximo domingo, dia 8, devotos de todas as idades se reunirão para celebrar a fé e a união em uma manifestação de pura devoção.
A concentração terá início às 15h30 na Praça Coronel Benedito de Almeida, no coração da cidade, com a saída da procissão agendada para as 16h30. Prepare-se para testemunhar um mar de fiéis, reunindo cerca de 10 mil pessoas, todos imersos em um espírito de agradecimento e renovação da fé.
Um encontro de gerações na fé
Este evento singular transcende a mera celebração religiosa. É um elo que une as gerações, uma oportunidade para os mais jovens se conectarem com as tradições e os valores que moldaram a história de Mogi das Cruzes. A Festa do Divino é um legado de fé transmitido de pais para filhos, mantendo viva a chama da devoção.
Com o tema inspirador “Divino Espírito Santo e São Francisco, nosso irmão! Ensinai-nos a contemplar o esplendor da criação”, a festa, que teve início em 29 de maio, culminará neste domingo com a grandiosa procissão.
Conheça os protagonistas da festa:
- Festeiro: João Pedro Mota
- Casal de Capitão-de-Mastro: Patrícia e Lizandro Corrêa
- Coordenadora da Procissão: Sylvania Grimberg, liderando uma equipe de 50 voluntários dedicados.
Sylvania, com sua vasta experiência, espera que cerca de mil pessoas participem ativamente do cortejo, enriquecendo ainda mais este momento único.
O simbolismo da Procissão de Pentecostes
A Procissão de Pentecostes é o ápice da celebração, um dia que reverencia a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos. O percurso da procissão é marcado por sete paradas, cada uma representando um dom divino. Em cada parada, um símbolo do Divino, a pomba branca, é solto, simbolizando a graça e a paz que emanam do Espírito Santo.
O Caminho dos Sete Dons:
A procissão percorrerá as seguintes ruas:
- Praça Coronel Benedito de Almeida (Início)
- Rua José Bonifácio (Primeiro Dom)
- Rua Doutor Correia (Segundo Dom)
- Rua Ricardo Vilela (Terceiro, Quarto e Quinto Dom)
- Rua Doutor Deodato Wertheimer (Sétimo Dom)
- Rua Doutor Paulo Frontin
O grandioso andor do Divino Espírito Santo, ricamente ornamentado pela equipe responsável pela decoração do Império, será o ponto alto da procissão, irradiando beleza e esplendor.
Encerramento com Missa e Queima dos Pedidos
O encerramento da celebração acontecerá na Catedral de Sant’Ana, com a Missa de Pentecostes, presidida pelo bispo Dom Pedro Luiz Stringhini. Um momento de profunda comunhão e elevação espiritual.
Após a missa, a tradicional queima dos pedidos, depositados nas urnas das rezadeiras durante as visitas aos lares dos devotos, será realizada na praça em frente à Catedral. A fumaça que ascende aos céus simboliza a esperança de que as preces sejam ouvidas e atendidas por Deus.
“A fumaça gerada com a queima simboliza que os pedidos cheguem até Deus. A fé nos faz acreditar que Deus atende os nossos pedidos”, compartilha a coordenadora Sylvania Grimberg.
O Império será fechado e o mastro retirado, simbolizando o encerramento da Festa do Divino Espírito Santo, um ciclo que se fecha para dar lugar a novas esperanças e renovadas manifestações de fé.
Uma vida dedicada à fé e à devoção
Sylvania Grimberg, que já foi festeira há 31 anos, expressa a emoção de participar deste momento ímpar:
“Eu encaro como um momento de extremo agradecimento a Deus, ao Espírito Santo, por tudo o que a gente recebe na vida. Eu agradeço a oportunidade de ser voluntária dessa festa grande… a procissão é o que me emociona muito, a cada ano é diferente”.
A nova geração de devotos: Alice Silva, um exemplo de fé e devoção
Este ano, a procissão terá um significado ainda mais especial para Alice Silva, de apenas 11 anos. Pela primeira vez, ela participará ativamente do rito religioso, carregando a bandeira com os dons do Divino.
“Vou carregar a bandeira com os dons. A gente sempre foi nas procissões, no ano passado, de ouvir as meninas que participaram [da procissão], me deu vontade de participar também”, conta Alice, radiante de alegria.
A mãe de Alice, a enfermeira Simone Silva, compartilha a emoção de ver a fé da filha no Divino:
“É gratificante ver nossa filha, por vontade própria, participar da procissão”.
A devoção de Alice ao Divino é um legado familiar, transmitido por sua avó paterna, Tereza Silva, que a passou para seu filho e pai de Alice, André Luiz Silva, e para o tio da pequena, Guilherme Silva.
Um milagre na família: a fé que cura
A história da família Silva é marcada por um milagre alcançado pela intercessão do Divino Espírito Santo. Quando Guilherme tinha apenas 1 ano, foi diagnosticado com sopro no coração. Tereza, a avó de Alice, depositou toda sua fé no Divino e fez uma promessa:
“Pedi pro Divino que ajudasse a gente a cuidar dele, tivesse força pra cuidar dele e que desse tudo certo. E que eu ia levar ele de anjinho na Procissão de Pentecostes”.
Após três anos de tratamento, Guilherme foi curado. Tereza cumpriu sua promessa e vestiu o menino de anjo para a procissão, em um gesto de profundo agradecimento.
A fé que resiste: a cura de Tereza da Covid-19
A fé da família Silva foi testada mais uma vez quando Tereza contraiu a Covid-19 e ficou internada por quatro meses. Alice, com a mesma fé da avó, testemunhou um milagre:
“Minha avó teve Covid e ficou internada por quatro meses. Ela não acordava. No domingo de Pentecostes, tinha missa do Frei Gilson, ele estava com a bandeira do Divino e disse para que ela [bandeira] passasse por todos os hospitais levando amor e perdão. Em uma terça-feira, minha vó acordou”, relembra Alice.
Tereza acordou dois dias após a celebração de Pentecostes e, após meses de fisioterapia, se recuperou completamente.
A fé no Divino Espírito Santo é o alicerce da família Silva, uma força que os une e os guia em todos os momentos:
“O Divino pra gente representa uma força tão grande, uma união de família, um cumprimento pra vida toda. Porque vem dos pais, dos avós, minha família, eu e meu marido, com uma fé muito grande. E a gente está conseguindo passar isso pra Alice”, finaliza Tereza.