BOMBA! Cid Confirma Plano de Golpe e Revela Segredos Chocantes no STF!

O cenário político brasileiro ferveu nesta segunda-feira (9) com o início dos depoimentos do “núcleo crucial” envolvido na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco de revelações explosivas e reencontros tensos, que prometem abalar as estruturas da República.

Cid Abre o Jogo: Bolsonaro Leu e Alterou Minuta do Golpe!

O ex-ajudante de ordens Mauro Cid não hesitou em confirmar a existência de um plano golpista, declarando que o ex-presidente Jair Bolsonaro não só tinha conhecimento da minuta do golpe, como também a revisou e modificou. Essa confissão coloca Bolsonaro no centro da trama, aumentando a pressão sobre sua defesa.

Ramagem Se Defende: Negativas e Acusações Cruzadas

Enquanto Cid jogava luz sobre o plano golpista, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) negava veementemente qualquer envolvimento, afirmando que não repassou informações a Bolsonaro nem utilizou a Abin para monitorar autoridades. A tensão era palpável, com acusações cruzadas e versões conflitantes.

O Clima Inesperado: Cordialidade em Meio ao Caos

Surpreendentemente, o clima entre os réus era de cordialidade, com cumprimentos, abraços e até continências. Cid cumprimentou Bolsonaro, abraçou Anderson Torres e prestou continência aos generais presentes. Um contraste chocante com a gravidade das acusações.

Moraes Irônico: Nem Jantar Escapa das Alfinetadas!

O ministro Alexandre de Moraes, conhecido por sua postura firme, não deixou passar a oportunidade de ironizar um pedido do advogado de Augusto Heleno para adiar o interrogatório do general por causa de um jantar. A resposta de Moraes, sugerindo um “belo brunch” ao longo da semana, arrancou risos do plenário e demonstrou o tom ácido da sessão.

Resumo do Primeiro Dia:

  • Confissão de Cid: Plano golpista confirmado e envolvimento de Bolsonaro revelado.
  • Negativa de Ramagem: Deputado nega acusações e uso da Abin para fins ilícitos.
  • Clima de Cordialidade: Réus se cumprimentam em meio à tensão.
  • Ironia de Moraes: Ministro alfineta pedido de adiamento com comentários sarcásticos.

Reencontro Marcado por Cordialidade

O primeiro reencontro dos réus foi marcado por um clima de cordialidade, inclusive entre o delator Mauro Cid e figuras que ele próprio implicou nas investigações, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Anderson Torres.

Essa foi a primeira vez que todos os acusados da trama golpista estiveram frente a frente — e diante do relator da ação penal, o ministro Alexandre de Moraes. Até então, Moraes havia proibido qualquer comunicação entre eles.

Para evitar assédio da imprensa, o STF montou um esquema especial de segurança e os réus acessaram o prédio por uma entrada reservada.

O primeiro a chegar foi o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira. Em seguida, Bolsonaro, que cumprimentou o general com um tapa nas costas e, logo depois, foi até o banheiro dizendo estar tranquilo para o interrogatório. Bolsonaro também cumprimentou Mauro Cid e conversou com seus advogados.

Cid, por sua vez, trocou abraço e aperto de mão com Anderson Torres. Com os generais Paulo Sérgio e Augusto Heleno, ele bateu continência. Nenhum dos militares estava fardado. Durante sua fala, Cid permaneceu lado a lado com os demais réus. Bolsonaro fez anotações em um papel e trocou palavras com os advogados enquanto o ex-ajudante de ordens falava.

Cid: ‘Presenciei grande parte dos fatos’

Primeiro a depor, Mauro Cid reafirmou as declarações de sua delação premiada. Disse que a acusação da PGR é verdadeira e que “presenciou grande parte dos fatos, mas não participou deles”. Ele confirmou que Bolsonaro teve acesso a uma minuta com previsão de prisão de autoridades e a criação de uma nova eleição. Segundo Cid, o então presidente leu o documento e fez alterações:

“Ele enxugou o documento. Basicamente, retirando as autoridades das prisões. Somente o senhor [Moraes] ficaria como preso.”

O militar também afirmou que, mesmo sem convocar pessoalmente os manifestantes que acamparam em frente a quartéis do Exército, Bolsonaro resistia a pedir que fossem embora:

“Não fui eu que chamei, não sou eu que vou mandar embora”, teria dito Bolsonaro, segundo Cid.

Dinheiro repassado a pedido de Braga Netto

Cid confirmou que entregou uma caixa de vinho com dinheiro vivo ao major Rafael de Oliveira, integrante do grupo militar conhecido como “kids pretos”. Segundo o delator, o recurso foi repassado a pedido do general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

Cid afirmou que recebeu o dinheiro diretamente de Braga Netto no Palácio da Alvorada. “Estava em uma caixa de vinho, uma botelha. Depois, se bobear no mesmo dia, eu passei para o major de Oliveira”, declarou. Segundo ele, o valor não chegava a R$ 100 mil, “pelo volume”, mas não soube especificar a quantia exata.

Questionado por Alexandre de Moraes, relator do processo, Cid explicou que antes de receber o dinheiro, procurou Braga Netto para saber se o PL poderia ajudar financeiramente os acampamentos bolsonaristas montados em frente a quartéis. O tesoureiro do partido recusou o pedido, mas, em seguida, Braga Netto apareceu com o montante. Cid disse que a verba teria vindo de “pessoal do agronegócio”.

Ainda no depoimento, Cid apontou Braga Netto como o elo entre Jair Bolsonaro e os manifestantes acampados. Segundo ele, o ex-presidente estava recluso após a derrota eleitoral e cabia ao general levar informações da militância até Bolsonaro. Parte desses manifestantes viria a participar dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Ramagem: ‘Anotações eram privadas’

Em seguida, o deputado Alexandre Ramagem foi interrogado. Ele negou ter cometido qualquer crime e disse que documentos apreendidos com ele, que mencionam supostas fraudes nas eleições, eram de uso privado.

“Esses documentos não foram enviados, nem compartilhados. São anotações minhas, com ideias para aprimorar o sistema”, declarou.

Ao ser questionado sobre um arquivo que apontava vitória de Bolsonaro na eleição, Ramagem afirmou que o conteúdo não foi repassado ao então presidente e explicou que escreve em forma de diálogo, mas isso “não significa que tenha conversado com ele”.

Também negou ter usado a Abin para monitorar autoridades:

“Nunca utilizei monitoramento algum pela Abin de qualquer autoridade.”

Sobre o uso do sistema FirstMile, disse que a compra foi feita na gestão Temer e tinha parecer jurídico da AGU. Afirmou ainda que optou por não renovar o contrato. Segundo Ramagem, se houve Abin paralela, ela “é de servidores ou oficiais, não de auditores”.

Memes com Moraes

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ministro Alexandre de Moraes foi alvo de críticas, xingamentos e até figurinhas e memes compartilhados em uma reunião com militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”. O grupo é suspeito de planejar ações contra autoridades em meio à trama golpista.

A revelação ocorreu após questionamento do advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, que pediu detalhes sobre um encontro de Cid com os militares. Moraes aproveitou a deixa para perguntar diretamente: “Foi conversado algo sobre o meu nome nessa reunião?”

“Sim, senhor. O senhor foi muito criticado”, respondeu Cid, provocando risos constrangidos entre os presentes. Moraes reagiu com ironia: “Estou acostumado já.”

Moraes ironiza pedido para adiamento

No fim da sessão, o advogado de Augusto Heleno pediu que o depoimento do general, previsto para as 9h da manhã seguinte, fosse adiado:

“Estamos há 20 horas aqui. Tenho que levar o general para casa e eu mesmo gostaria de jantar, excelência. Só tomei café da manhã.”

O ministro Alexandre de Moraes reagiu com ironia:

“Vamos ver se terminamos amanhã. O senhor ainda tem a quarta-feira para um belo brunch, quinta é o Dia dos Namorados, e sexta tem Santo Antônio. O senhor comemora também em quermesse?”

O plenário riu, mas a sessão foi mantida no horário.

Quem mais será ouvido

Além de Cid, Ramagem e Heleno, também devem depor no STF nesta semana:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente
  • Walter Braga Netto, general e ex-ministro de Bolsonaro
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa

Todos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por cinco crimes, incluindo golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa.

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