O Segredo Revelado dos ‘Legendários’: Por que Homens Fortes e Famosos estão se Unindo a Esse Movimento?

Já ouviu falar dos ‘Legendários’? Esse movimento, que mistura fé e atividades físicas extremas, está ganhando espaço no Brasil e atraindo a atenção de figuras conhecidas como Thiago Nigro, Eliezer e até Neymar pai. Mas o que realmente acontece nesses eventos, que podem custar de R$ 450 a mais de R$ 81 mil? Será que eles estão apenas reforçando estereótipos de masculinidade?

Para desvendar os mistérios por trás dos ‘Legendários’, o g1 entrevistou Chepe Putzu, o criador do movimento. Nascido na Guatemala e atualmente vivendo em Miami, Putzu define os ‘Legendários’ como “uma resposta à crise emocional, social e espiritual que muitos homens enfrentam”. Segundo ele, os homens têm uma “dívida” com a sociedade.

Além disso, Putzu rebate as acusações de elitismo e machismo, afirmando que o movimento se adapta a diferentes realidades e classes sociais. “O movimento procura restaurar aqueles valores profundos que foram perdidos ou distorcidos ao longo do tempo”, explica. “Queremos que todos possam participar, por isso as sedes locais oferecem auxílio.”

O que é o ‘Legendários’?

Em poucas palavras, ‘Legendários’ é um movimento de homens que busca resgatar a essência do homem como líder, aquele que ama, honra e une. O lema do grupo é “AHU”: Amor, Honra e Unidade. Putzu enfatiza que o objetivo é promover essas virtudes, consideradas fundamentais para a formação do caráter masculino.

Baseado em princípios cristãos, o movimento visa restaurar o homem como líder e como servo dentro da família e da sociedade. Surpreendentemente, Putzu afirma que a necessidade dos homens é a mesma em diferentes partes do mundo, desde os Estados Unidos até a Patagônia, Europa e Japão.

Como o ‘Legendários’ se Adapta ao Brasil?

Putzu explica que o movimento reconhece a diversidade do Brasil e busca atender às necessidades dos homens em todo o país. Ele destaca que os homens enfrentam um colapso emocional, social e espiritual, com altas taxas de suicídio, encarceramento, abandono escolar e dependência de drogas.

Dados da OMS mostram que 78% das mortes são cometidas por homens, e entre jovens com menos de 30 anos, esse número sobe para 80%. No sistema penitenciário brasileiro, 95% dos presos são homens, e 91% dos assassinatos são cometidos por eles. “Veja a dívida que temos”, alerta Putzu.

Ele argumenta que os homens estão em dívida com a sociedade, com suas famílias e consigo mesmos, especialmente no que diz respeito ao consumo de drogas. Diante desse cenário, Putzu afirma que os ‘Legendários’ buscam restaurar, empoderar e humanizar, em contraste com a cultura do cancelamento e a desigualdade.

Atividades Físicas e Limites Individuais

O movimento leva em conta os diferentes limites físicos de cada participante, focando em pequenos testes ao longo do caminho. O objetivo é desafiar o corpo e o espírito, com protocolos de segurança e atendimento médico disponível. É exigido um atestado médico e um teste de esforço físico para participar do “Track Outdoor de Potencial” (TOP).

A introspecção é mais importante que a competição. Putzu enfatiza que o ‘Legendários’ não é uma competição, mas um processo de autoconhecimento, onde cada um vive a experiência de acordo com sua capacidade de desenvolvimento.

A Influência de Famosos

O contato de Putzu com figuras como Thiago Nigro, Eliezer e Neymar pai ocorreu de forma natural. Ele relata que conheceu Thiago Nigro em um evento nos Estados Unidos, sem saber de sua fama. O impacto da experiência foi tão grande que esses participantes decidiram compartilhar o que vivenciaram, gerando visibilidade para o movimento.

No entanto, Putzu ressalta que o crescimento dos ‘Legendários’ não depende de celebridades, mas sim de relacionamentos. O boca a boca e o desejo de compartilhar a experiência com amigos e familiares são os principais motores do movimento.

Ele acredita que os depoimentos inspiram outros homens a buscar seu propósito e encontrar seu “Legendário Número 001”.

Inclusão e Críticas de Elitismo

O movimento busca incluir homens de diferentes contextos socioeconômicos, oferecendo bolsas e auxílio nas sedes locais. Os custos cobrem logística, transporte, segurança e despesas operacionais. Putzu afirma que já participaram homens de todas as classes sociais, quebrando barreiras e construindo laços de irmandade.

Ele ressalta que o coração do movimento é servir uns aos outros, e que a maioria dos participantes são homens comuns, como qualquer um.

Colaboração e Impacto Social

Os ‘Legendários’ colaboram com diversas organizações e iniciativas locais, como igrejas, fundações e líderes locais. Eles se mostram prontos para responder em momentos de crise, oferecendo ajuda em situações de necessidade.

Durante a catástrofe no Rio Grande do Sul, o movimento conseguiu levar 4.500 toneladas de alimentos, com os participantes não apenas entregando os donativos, mas também oferecendo apoio emocional às vítimas.

Masculinidade e Estereótipos

Putzu nega que o movimento seja machista e afirma que ele não busca impor um modelo obsoleto de masculinidade. Pelo contrário, o objetivo é restaurar valores perdidos e distorcidos ao longo do tempo.

Ele responde às críticas com calma e serenidade, argumentando que o ‘Legendários’ ensina a servir, não a dominar, e promove a responsabilidade e o amor ao próximo. Não se trata de poder para si mesmo, mas de usar o poder para ajudar, prover e liderar com amor.

Tópicos Importantes:

  • Propósito: Encontrar o seu verdadeiro propósito como homem.
  • Comunidade: Fazer parte de uma comunidade de homens que se apoiam mutuamente.
  • Serviço: Aprender a servir aos outros e fazer a diferença no mundo.

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