Missão de MS em Israel: Relatos de Tensão e o Retorno Seguro Após Ataques

A delegação de Mato Grosso do Sul, que se encontrava em Israel durante o recente conflito com o Irã, retornou a Campo Grande na última sexta-feira (20), pondo fim a uma semana de grande apreensão. Ricardo Senna, secretário executivo de Ciência e Tecnologia do governo sul-mato-grossense, compartilhou detalhes dos momentos de tensão vividos pela comitiva.

“Atravessamos momentos de tensão”, desabafou Senna, descrevendo a incerteza sobre o momento ideal para deixar o país e as dúvidas que pairavam sobre a segurança do grupo.

A viagem, parte da Missão Internacional do Consórcio Brasil Central, tinha como objetivo fortalecer a cooperação nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. No entanto, a escalada de violência interrompeu os planos iniciais, previstos para ocorrer entre 7 e 14 de junho.

Estratégias de Retorno em Meio ao Caos

  • Bunkers como Refúgio: Durante os ataques, a comitiva se abrigou em um hotel em Tel Aviv equipado com bunkers de proteção.
  • Decisão Difícil: Com o espaço aéreo bloqueado, a equipe aguardou a autorização das Forças de Defesa de Israel para uma evacuação terrestre.

Senna revelou as divergências sobre a melhor estratégia de saída: “Alguns defendiam a permanência, outros a saída por terra. A alternativa de evacuação pela Jordânia se mostrou a mais viável.”

A Perigosa Travessia e o Alívio do Resgate

A delegação, composta por Ricardo Senna, Christinne Maymone (SES) e Marcos Espíndola (setor de tecnologia da SES), tomou a difícil decisão de cruzar a fronteira após consulta com autoridades brasileiras e israelenses.

“Foi um trajeto tenso, porque estávamos vulneráveis. A esperança era que, como os ataques não aconteciam tanto durante o dia, não fôssemos atingidos. Se houvesse ataque, o protocolo era parar o ônibus, deitar no chão e cobrir a cabeça.”

O Resgate Diplomático

  • Uma Hora e Vinte Minutos de Tensão: A travessia até a Jordânia foi angustiante.
  • Embaixada Brasileira em Ação: Na fronteira, a comitiva foi acolhida pela Embaixada Brasileira, que providenciou transporte seguro até o hotel e, posteriormente, ao aeroporto.

“A embaixada foi muito atenciosa e garantiu nossa segurança até o hotel e depois até o aeroporto. Foi um alívio chegar em casa”, concluiu Senna, aliviado com o desfecho da situação.

O conflito entre Irã e Israel já se estende por nove dias, com um número alarmante de vítimas e feridos. A situação continua tensa na região.

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Fonte: G1 MS

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