Atenção: Sua Imagem Pode Estar Sendo Usada! Comediante do ES Alerta Sobre Perigo Real do Deepfake
Já imaginou ser vítima de uma montagem tão realista que até sua avó acreditaria? Foi o que aconteceu com Paula Barreto, comediante e influenciadora de 30 anos, moradora de Marataízes, no Espírito Santo.
Paula foi surpreendida por um crime digital: criminosos usaram fotos dela para criar um deepfake, uma montagem que a simulava nua. Uma situação assustadora que serve de alerta para todos nós.
O Que é Deepfake?
Deepfake é uma técnica que utiliza inteligência artificial (IA) para manipular imagens, vídeos e áudios. O resultado? Conteúdos falsos que parecem incrivelmente reais. Imagine trocar o rosto de alguém em um vídeo ou alterar completamente a fala de uma pessoa. É exatamente isso que o deepfake faz.
O Crescimento Alarmante dos Crimes Digitais no ES
O caso de Paula não é isolado. Crimes digitais estão em alta no Espírito Santo. De janeiro a maio de 2025, foram registrados 1.131 casos de crimes informáticos, incluindo situações como a sofrida pela comediante. E os números não param de crescer: de 2023 para 2024, houve um aumento de quase 30% nos casos.
Como Paula Descobriu o Deepfake
Paula, que também é publicitária e faz shows de stand-up, descobriu as imagens falsas de uma maneira chocante: através de um contato nas redes sociais. Um homem enviou as montagens, zombando da situação e duvidando da sua autenticidade.
“Recebi uma mensagem no meu direct de um rapaz que me seguia e mora na mesma cidade que eu. Ele mandou as imagens alteradas, de prints de vídeos onde apareço, só que removeram minhas roupas com Inteligência Artificial. Ele tentava brincar com a situação, debochava, perguntou se eu era assim como nas fotos, e ficava falando a todo momento que era pra eu mandar fotos comprovando que não era eu”, contou.
O Medo e a Busca por Justiça
Apesar de não ter sido ameaçada diretamente, Paula temeu o que poderiam fazer com o conteúdo falso. Imediatamente, ela alertou seus seguidores nas redes sociais e procurou ajuda legal.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Marataízes, mas ninguém foi preso até o momento. Enquanto isso, Paula busca apoio psicológico e psiquiátrico para lidar com a ansiedade e o pânico.
Como Identificar um Deepfake?
Segundo o delegado Brenno Andrade, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), existem algumas dicas para identificar um deepfake:
- Expressões Faciais Estranhas: Preste atenção a expressões que parecem fora do comum.
- Pixels Diferentes: Procure por áreas com pixels diferentes ou borradas, especialmente na região da boca.
- Gesticulação Incomum: Observe se os gestos parecem robóticos ou não naturais.
O Que Fazer Se For Vítima de Deepfake?
A Polícia Civil orienta que, se você for vítima de deepfake, registre imediatamente um Boletim de Ocorrência. Você pode comparecer pessoalmente a uma delegacia ou fazer o registro online através do site da Delegacia Online.
Crimes Digitais: Fique Atento!
Além do deepfake, outros crimes digitais estão em alta:
- Roubo de notebooks rastreados
- Golpes com imagens de crianças doentes
- Golpes contra vítimas de violência