💔 Tragédia em Rio Branco: Filha Presencia Horror e Família Clama por Justiça!

Sete meses se passaram desde o brutal assassinato de Paula Gomes da Costa, uma mulher de 33 anos que teve sua vida ceifada a facadas em plena luz do dia, no bairro Alto Alegre, em Rio Branco. A dor da perda ainda ecoa forte na família, que se une para preservar a memória de Paula e oferecer amparo à sua filha de apenas sete anos, agora órfã de um crime que chocou a todos.

Jairton Silveira Bezerra, o ex-marido de Paula, é apontado como o principal responsável por essa tragédia e enfrentará o tribunal do júri. A família, em especial a pequena filha, busca forças para seguir em frente, tentando compreender o incompreensível e se adaptar a uma realidade sem a presença luminosa de Paula, lembrada por todos como uma pessoa radiante e cheia de afeto.

Um Legado de Amor e Saudades

Para Meury, irmã de Paula, a chave para manter viva a memória da irmã reside em recordar suas qualidades mais marcantes:

  • O sorriso contagiante: “O sorriso dela… O sorriso dela fica assim, para sempre”, compartilha Meury, com emoção.

A família se organiza em revezamento para cuidar da criança, que teve a dolorosa experiência de testemunhar a morte da mãe. Patrícia Gomes, também irmã de Paula, explica a dinâmica:

  • A união familiar como suporte: “Tem final de semana que eu pego ela, fico com ela, a minha tia pega e leva pra igreja, às vezes ela fica com a avó dela também por lá.”

Maria Eliana, a mãe de Paula, expressa a profunda dor e indignação que a consomem. A interrupção abrupta dos sonhos de sua filha é o que mais a aflige:

“A minha filha tinha sonhos, e ele não deixou ela realizar os sonhos dela”, lamenta a mãe, com o coração partido.

Feminicídio: Uma Ferida Aberta na Sociedade

O caso de Paula é um triste retrato dos impactos devastadores do feminicídio, um crime motivado pelo ódio e pela violência de gênero. A família acredita que o réu cometeu o ato por não aceitar o fim do relacionamento, evidenciando um histórico de agressões contra Paula.

Embora as estatísticas oficiais apontem para uma redução de 49% nos casos de feminicídio entre 2018 e 2023, os números de 2025 já acendem um alerta, com pelo menos quatro casos registrados e inúmeras famílias em busca de justiça.

O Clamor por Justiça

“Eu espero justiça, que ela [Justiça] faça o que tem que fazer. Não deixe ele [Jairton] cinco, dez anos preso pra soltar, pra ele fazer com outras pessoas não. Que faça o que tem que fazer”, suplica a mãe de Paula.

Réu no Banco dos Réus

Jairton enfrentará a justiça sob a acusação de homicídio qualificado, enquadrado como feminicídio, com agravantes como motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, presença de descendente, descumprimento de medida protetiva e intenção de matar (animus necandi) em contexto de violência doméstica.

Ainda não há uma data definida para o julgamento. A defesa do réu está a cargo da Defensoria Pública, que geralmente não se manifesta sobre os casos. Em janeiro deste ano, a denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC) foi aceita pela Justiça, formalizando Jairton como réu no processo.

As provas apresentadas pelas autoridades policiais e reforçadas pelo MP-AC na denúncia apontam que a condição de mulher de Paula foi determinante para a ocorrência do crime, configurando-o como feminicídio.

A Luta por Proteção e o Fim da Impunidade

Após o crime, Jairton, que ocupava o cargo de gerente em uma loja de tintas, fugiu. Ele e Paula foram casados por 13 anos, e o acusado não aceitava o término do relacionamento. A vítima já havia sido agredida em outras ocasiões, o que a levou a obter uma medida protetiva contra o ex-marido.

Dez dias após o crime, Jairton se entregou às autoridades na Delegacia de Flagrantes (Defla), em Rio Branco, sendo encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para prestar depoimento. Na mesma data, ocorreu a audiência de custódia.

Números de emergência para denunciar violência contra a mulher no Acre:

  • (68) 99609-3901
  • (68) 99611-3224
  • (68) 99610-4372
  • (68) 99614-2935

Outras formas de denunciar:

  • Polícia Militar – 190
  • SAMU – 192
  • Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres
  • Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): (68) 99930-0420
  • Disque 100
  • WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656-5008

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