Você sabe a diferença entre barragens, pilhas de rejeito e pilhas de estéril na mineração? 🤔
A mineração é uma atividade essencial, mas que gera resíduos. Entenda como esses materiais são depositados e quais os riscos envolvidos:
O que são rejeitos de mineração?
Os rejeitos são o resultado da lavagem do minério, um material com pouco ou nenhum valor econômico. Eles podem ser depositados de duas formas:
- Barragens: Depósito em camadas com água.
- Pilhas de rejeito: Drenagem e empilhamento a seco.
Após os desastres de Brumadinho e Mariana, mineradoras têm optado pelas pilhas de rejeito, consideradas mais seguras.
Entenda as diferenças entre as estruturas:
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Barragens a montante:
- Rejeitos misturados com água, formando lama.
- Proibidas no Brasil devido ao alto risco de acidentes.
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Pilhas de rejeito:
- Montanhas de resíduos da mineração.
- Material drenado e empilhado a seco.
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Pilhas de estéril:
- Material entre a superfície e o minério (areia e rochas).
- Presentes em todo empreendimento minerário.
Panorama atual: Mais pilhas, menos barragens? 📈
A disposição em pilhas tem ganhado espaço no setor, conforme o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de MG.
- O Brasil possui mais de 3 mil pilhas de rejeito, estéril ou mistas.
- 232 são exclusivamente de rejeitos.
- 41 provenientes da mineração de ferro (pilhas altas) e ouro (substâncias tóxicas).
A Vale e a Samarco, empresas envolvidas em rompimentos de barragens, aumentaram o uso de pilhas para armazenar rejeitos.
Menor risco, mas sem regulamentação? 🤔
O engenheiro Júlio Grillo (ex-Ibama-MG) explica:
Pilhas tendem a se acomodar mais rápido e atingir áreas menores em caso de rompimento, reduzindo o dano potencial.
Ainda assim, a falta de fiscalização e transparência nos cálculos das pilhas gera preocupação.
Apesar do menor risco em relação às barragens, pilhas de rejeito são mais instáveis que as de estéril devido à umidade residual. O engenheiro Euler Cruz alerta para a necessidade de sistemas de drenagem.
E agora? O que esperar? 🚧
Atualmente, não há regulamentação específica para pilhas de mineração. O governo federal planeja definir regras até 2026.
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