Atenção, moradores de Campinas e região: hospitais da Unicamp à beira do colapso!
Um estudo recente da Unicamp revelou um cenário alarmante: a universidade atende, em média, 4,4 mil pacientes do SUS para cada leito disponível. Esse número assustador coloca a Unicamp como o hospital de clínicas com a maior sobrecarga de pacientes em todo o interior de São Paulo.
Imagine a seguinte situação: o Hospital de Clínicas da Unicamp e o Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) somam apenas 560 leitos para atender uma população de 2,4 milhões de pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde na região de Campinas. É gente demais para poucos recursos!
Qual a raiz do problema?
Segundo Luiz Carlos Zeferino, diretor executivo da Área da Saúde da Unicamp, a questão não é a falta de estrutura, mas sim a enorme disparidade entre a capacidade de atendimento e a demanda da região. Em outras palavras, a Unicamp está sobrecarregada porque precisa atender muito mais gente do que sua estrutura permite.
Números que chocam:
- A Unicamp é o segundo hospital de clínicas do interior paulista com menos leitos: apenas 560 entre o HC e o Caism.
- A região de Campinas possui a maior população dependente do SUS: 2,4 milhões de pessoas.
- A Unicamp atende, em média, 4.403 pacientes do SUS por leito, o dobro da média do HC de Ribeirão Preto (2.100 pacientes/leito).
Impactos da superlotação:
A situação é tão crítica que os pacientes da Unidade de Emergência Referenciada da Unicamp, muitas vezes, precisam aguardar a liberação de leitos em macas, devido à falta de espaço.
Especialidades como oncologia, cardiologia e ortopedia sofrem com longas filas de espera, prejudicando o tratamento de diversas doenças.
A esperança de novos leitos:
Em junho, o governador Tarcísio de Freitas anunciou a construção de um novo hospital em Campinas, com capacidade para até 400 leitos. No entanto, para Zeferino, é fundamental que o novo hospital atenda casos de alta complexidade, como oncologia, cirurgias cardíacas e ortopedia, para realmente desafogar a demanda da região.
Afinal, o que adianta abrir mais leitos se eles não forem suficientes para atender as necessidades da população?