🚨 Pais no Divã Digital: Você está expondo demais seu filho nas redes sociais? 🚨
A era digital transformou a maneira como vivemos, compartilhamos e até como criamos nossos filhos. Mas será que essa superexposição online está prejudicando a infância? Prepare-se para uma reflexão profunda sobre os riscos e as consequências do chamado “*oversharenting*”.
O que é Oversharenting?
O *oversharenting* é o ato de compartilhar excessivamente informações sobre os filhos nas redes sociais. Essa prática, aparentemente inofensiva, pode ter impactos sérios no desenvolvimento emocional e social das crianças.
Um caso recente no TikTok chocou a internet: uma mãe forçou sua filha a beber grandes quantidades de suco, filmando tudo e expondo a criança a milhares de julgamentos. Mas este é apenas um exemplo da complexidade desse tema.
Os Perigos Ocultos da Superexposição Infantil
* Saúde Mental em Risco: A exposição a situações embaraçosas pode afetar a saúde mental, os relacionamentos e as perspectivas futuras da criança.
* Autoestima Fragilizada: A constante exposição pode minar a autoestima e aumentar a ansiedade.
* Relações Familiares Abaladas: A superexposição pode gerar conflitos e fissuras no relacionamento entre pais e filhos.
#SalvemBelParaMeninas: Um Caso Emblemático
Em 2020, a hashtag #SalvemBelParaMeninas viralizou no Twitter, com internautas acusando os pais de Bel, uma pré-adolescente de 13 anos, de forçá-la a participar de vídeos para canais com milhões de inscritos. O caso reacendeu o debate sobre os limites da exposição infantil na internet.
O Que Dizem os Especialistas?
Maria Mello, do Instituto Alana, alerta para o futuro incerto das crianças expostas ao ambiente digital: “Estamos falando de uma geração que terá sua vida toda datificada e ainda não se sabe exatamente de quais maneiras os milhões de rastros digitais deixados por eles poderão impactar em seu futuro”.
A psicóloga Patrícia Guillon Ribeiro compara a superexposição à sensação de ouvir uma bronca em frente a toda a família, mas em escala digital, gerando ambiguidade e impactando o desenvolvimento do senso moral.
A Influência dos Influenciadores
Algumas famílias transformam influenciadores digitais em referências de sucesso, o que pode estimular outras famílias a exporem seus filhos de forma irresponsável, inclusive com o objetivo de lucrar com isso. A influenciadora Virgínia Fonseca, com seus milhões de seguidores, é um exemplo de como a rotina dos filhos pode virar conteúdo constante.
Quando a Exposição Vira Trabalho Infantil
A superexposição pode levar crianças e adolescentes a estrelarem campanhas publicitárias, o que configura trabalho infantil artístico. Nesses casos, é fundamental seguir as normas legais e garantir o bem-estar da criança.
A advogada Cléo Garcia critica essa prática, mesmo quando legalizada, argumentando que as crianças não têm maturidade para compreender o impacto futuro de sua exposição.
Alternativas Conscientes: Pais que Escolhem Proteger a Imagem dos Filhos
Felizmente, muitos pais estão optando por não expor seus filhos nas redes sociais. A influenciadora e neuropedagoga Maya Eigenmann, que antes mostrava seus filhos com frequência, hoje protege a imagem e a identidade das crianças, priorizando a segurança digital e evitando a criação de preconcepções futuras.
Rebecca Cirino, outra influenciadora, evita postar conteúdos constrangedores e se preocupa com a segurança digital da filha, protegendo-a de predadores online.
Como Expor com Responsabilidade?
Especialistas concordam que é possível usar a internet de forma saudável ao retratar a infância, desde que com responsabilidade. Isso implica:
* Não compartilhar conteúdos íntimos.
* Não ridicularizar os filhos.
* Evitar o uso comercial da imagem da criança.
O Papel do Estado e das Redes Sociais
Maria Mello defende que o Estado invista em ações educativas sobre os riscos da superexposição digital e fiscalize práticas ilegais. Cléo Garcia pede regulamentação específica para proteger a imagem e a privacidade das crianças.
O TikTok afirmou que está analisando o caso da criança forçada a tomar suco e que tem diretrizes rigorosas para proteger os jovens de conteúdos prejudiciais. A Meta, dona do Instagram, preferiu não se posicionar sobre o assunto.
O Futuro da Infância na Era Digital
A superexposição infantil nas redes sociais é um tema complexo e multifacetado, com impactos que podem se estender por anos. É fundamental que pais, responsáveis, influenciadores, empresas e governos se unam para proteger a infância e garantir um futuro mais seguro e saudável para as crianças na era digital.
E você, o que pensa sobre isso? Deixe seu comentário abaixo!