Você não vai acreditar no que essa cidade fez com o Beiju! 😱

Prepare-se para se surpreender! O tradicional beiju, feito com a mais pura mandioca, acaba de ser elevado ao status de patrimônio imaterial na encantadora cidade de Irará, Bahia! ✨

Imagine só: a Câmara Municipal aprovou a ideia e, em breve, o prefeito dará o aval final. Mas o beiju é muito mais que um simples quitute. Ele representa a alma, a garra e a sobrevivência de inúmeras famílias que vivem na zona rural.

Especialmente as mulheres, as verdadeiras “beijuzeiras”, que mantêm a tradição viva em suas casas, associações e cooperativas.

Quer saber mais sobre essa história deliciosa? Continue lendo!

A saga do beiju: de sustento à símbolo cultural

Tudo começou nos anos 80, com o cultivo intenso da mandioca. Aos poucos, a produção do beiju foi se tornando um símbolo de força feminina e de empreendedorismo no campo. Hoje, são mais de 120 mulheres que dedicam suas vidas a essa iguaria.

Conheça Nalva do Beiju, líder de uma associação familiar, que expressa a importância dessas mulheres:

“São mulheres guerreiras que buscam o sustento para dentro de casa. Mesmo com chuva ou sol, estão no forno fazendo beiju, arrancando mandioca e vendendo. Isso é gratificante”.

A Cooperativa de Sobradinho e o Festival do Beiju

Outro ponto forte da produção é a Cooperativa de Sobradinho, com cerca de 100 mulheres dedicadas ao beiju. E para celebrar essa tradição, surgiu o Festival do Beiju de Irará, idealizado pelas irmãs Bernadete e Lucy Anunciação.

O festival é itinerante e já passou por diversas cidades, levando a cultura da mandioca e os saberes tradicionais para todos os cantos.

Bernadete Anunciação resume a importância do festival:

“Criar um festival cultural itinerante, que é o festival do beiju, vai fortalecendo toda a cadeia produtiva de homens e mulheres do campo, levando assim o nosso artesanato, nossa arte, nossa cultura, nosso samba de roda e as manifestações culturais”.

A força das mulheres e a comunidade quilombola

Na comunidade quilombola da Tapera Melão, Vanessa Cerqueira é um exemplo de dedicação e superação. Há mais de 20 anos, ela produz cerca de 60 kg de beiju por mês, vendendo para a comunidade e até para a merenda escolar.

Vanessa compartilha o orgulho de seu trabalho:

“Saber que filhos de outros agricultores como eu estão se alimentando do meu trabalho é muito gratificante. O beiju não é fácil de fazer. Quando chega à mesa de alguém, tem muito esforço por trás”.

E o beiju não apenas sustenta a família, mas também financiou os estudos do filho de Vanessa, que está prestes a se formar em Arquitetura e Urbanismo:

“É daqui que vou formar meu filho. Agradeço a quem comprou um pacote. Eles não sabem o quanto isso ajuda”.

O beiju que inspira: documentário e pesquisa

A história dessas mulheres inspiradoras também virou um documentário, resultado da pesquisa da professora Josenilda Moreira dos Santos, filha de beijuzeira e mestre em Educação do Campo.

Josenilda destaca a importância do beiju na sua vida:

“Quando você pensa na organização social dentro do quilombo, você consegue pensar que essa organização social é a partir das mulheres. O beiju foi quem me tirou da fome de comida e de conhecimento, então foi através disso que entrei em uma universidade”.

O documentário está disponível no Youtube e vale a pena conferir!

O que você achou dessa história? Deixe seu comentário!

  • Beiju: Patrimônio Imaterial de Irará
  • Mulheres Beijuzeiras: Protagonistas da cultura local
  • Festival do Beiju: Valorização da mandioca e tradições
  • Comunidade Quilombola: Resistência e superação
  • Documentário: Registro da história inspiradora

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