A Dor que Não Passa: Família Clama por Justiça 9 Meses Após Feminicídio Chocar o Rio Grande do Sul

Nove meses se passaram desde a trágica morte de Patrícia Rosa dos Santos, uma enfermeira de 40 anos, e a dor da família ainda é palpável. O crime, que ocorreu em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, teve como principal suspeito o marido de Patrícia, o médico André Lorscheitter Baptista, de 48 anos.

André está preso preventivamente desde outubro, acusado de utilizar medicamentos de uso restrito para assassinar a esposa. As irmãs de Patrícia, Bruna e Priscila, compartilharam com o G1 como tem sido viver com essa perda irreparável e a luta incansável por justiça.

Um Vazio Insubstituível

Para a família, Patrícia era muito mais que uma irmã e esposa; era o alicerce, o porto seguro. A perda é sentida diariamente, com a saudade da sua presença carinhosa e do amor que irradiava. Priscila expressa a dor de imaginar o que leva alguém a tirar a mãe de um filho, um sofrimento que se manifesta fisicamente a cada dia.

Bruna complementa, enfatizando que o tempo não tem o poder de curar essa ferida. A família revive a história de Patrícia diariamente, presa a um luto que parece não ter fim.

Detalhes Perturbadores do Crime

O caso Patrícia Rosa dos Santos é particularmente chocante por envolver:

  • Feminicídio Qualificado: Patrícia foi vítima de um crime premeditado e cruel.
  • Abuso de Conhecimento Médico: O marido, valendo-se de sua profissão, usou medicamentos para cometer o assassinato.

Relembre o caso em tópicos:

  • O médico comunicou a família sobre a morte, alegando infarto.
  • A família desconfiou e acionou a polícia.
  • O médico alegou que Patrícia morreu no sofá, mas foi encontrada em outro cômodo.
  • Exames encontraram forte medicação no sorvete que Patrícia havia ingerido.
  • A polícia encontrou remédios, agulhas e seringas com o médico.
  • O SAMU de Porto Alegre registrou o sumiço de um frasco de medicação um dia antes da morte.
  • Exames comprovaram marcas de injeção no braço e pé da vítima.

Crimes Apurados:

O médico foi indiciado por:

  1. Feminicídio qualificado
  2. Furto de medicamento do SAMU
  3. Falsidade ideológica
  4. Adulteração do local do crime

Apelo por Justiça e Conscientização

As irmãs de Patrícia fazem um apelo para que outras mulheres denunciem qualquer forma de abuso, seja ele físico ou psicológico. Acreditam que, se tivessem conhecimento do sofrimento da irmã, a tragédia poderia ter sido evitada.

A família mantém a página “Justiça pela Patrícia” nas redes sociais, buscando mobilizar a sociedade e acompanhar o andamento do processo judicial. O objetivo é manter viva a memória de Patrícia e garantir que o caso não seja esquecido.

O Que Diz a Defesa?

O advogado de defesa do Dr. André Lorscheitter Baptista afirma que seu cliente está em luto e sente falta do filho. Reitera a inocência do médico, alegando que será comprovada durante o processo criminal. A defesa confia no sistema de justiça e garante que o acusado exercerá seu direito de defesa de forma transparente e respeitosa.

O Futuro do Caso

Com a prisão mantida pela justiça, a família de Patrícia espera que o caso seja levado a júri popular no próximo ano. A luta por justiça continua, em busca de respostas e da punição do responsável por essa tragédia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *