Prepare-se para se surpreender com a biodiversidade Amazônica!
Uma expedição científica fascinante revelou a existência de aproximadamente 11 mil insetos aquáticos em 20 igarapés da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, localizada no coração do Amazonas, em São Sebastião do Uatumã. Essa descoberta sensacional foi divulgada recentemente e promete revolucionar nosso entendimento sobre a vida aquática na região.
Quer ficar por dentro de tudo que acontece na Amazônia? Entre no nosso canal do Whatsapp e não perca nenhuma novidade!
A mente por trás da descoberta
Sob a coordenação da renomada Dra. Neusa Hamada, entomologista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a pesquisa intitulada “Potencial dos insetos aquáticos em atividades de ecoturismo na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã – Amazonas” mergulhou fundo no universo dos insetos que habitam as águas da RDS do Uatumã. O objetivo? Desvendar seus segredos genéticos e catalogar a diversidade de espécies.
Resultados que impressionam:
- Variedade Absurda: Um total de 11.302 invertebrados aquáticos catalogados, divididos em 12 ordens distintas.
- Dominância Surpreendente: A ordem Diptera lidera o ranking, representando 82% do total, seguida por Trichoptera (9%) e Odonata.
- Novas Espécies: A ciência acaba de ganhar novos membros para a família! Os gêneros Chimarra, Macronema (Trichoptera) e Campsurus (Ephemeroptera) foram presenteados com novas espécies.
Como a mágica aconteceu?
A saga da descoberta exigiu uma combinação de tecnologia de ponta e trabalho de campo árduo. Os pesquisadores não pouparam esforços e utilizaram:
- Redes entomológicas para a captura de libélulas graciosas.
- Armadilhas estrategicamente posicionadas para atrair insetos voadores curiosos.
- Peneiras metálicas para separar e identificar os pequenos organismos aquáticos.
- Equipamentos de última geração para medir o pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido e temperatura da água.
No laboratório, a precisão foi a palavra de ordem. Microscópios potentes e câmeras de alta resolução revelaram detalhes minuciosos dos insetos, enquanto kits de extração de DNA desvendaram seus segredos genéticos e seu papel no ecossistema.
Leia também: Amazonas respira aliviado: Queimadas caem 93% em julho, segundo o Inpe
Um legado que vai além da ciência
O projeto não se limitou à pesquisa, ele também se preocupou com o futuro da região. Ao promover a integração entre ciência, educação e conservação, a equipe capacitou os moradores da RDS do Uatumã por meio de oficinas práticas sobre coleta e identificação de insetos aquáticos, com foco nas libélulas. O objetivo? Estimular o conhecimento local e valorizar a riqueza natural da região.
Além disso, escolas da região foram palco de atividades lúdicas e educativas, com palestras, jogos e materiais didáticos especialmente desenvolvidos para crianças e adolescentes. A produção e distribuição de livros paradidáticos e guias de campo acessíveis fortaleceram a educação ambiental e capacitaram professores e moradores a se tornarem guardiões da natureza.