Tragédia Inesquecível: Famílias Ainda Buscam Respostas 7 Meses Após Queda da Ponte!
Sete meses se passaram desde o dia em que a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava Tocantins e Maranhão pela BR-226, desabou. Uma tragédia que marcou a vida de muitos, e que ainda deixa rastros de dor e incertezas.
Das 18 pessoas que cruzavam a ponte no momento do colapso, três permanecem desaparecidas. Para as famílias, a falta de notícias é um tormento constante, impedindo-as de seguir em frente.
A Angústia de Uma Família em Busca de Encerramento
Maristelia Alves Santos, irmã de um dos desaparecidos, desabafa: “Precisamos fechar esse ciclo. A espera é angustiante, não sabemos a quem recorrer. É muito difícil para nós.”
O acidente, ocorrido em 22 de dezembro de 2024, teve como consequência a demolição do que restou da ponte em 2 de fevereiro deste ano. No fundo do Rio Tocantins, além de veículos, jazem mais de 1,3 mil galões de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas.
Quem São os Desaparecidos?
Segundo a Marinha do Brasil, os três desaparecidos são:
- Salmon Alves Santos, 65 anos
- Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos
- Gessimar Ferreira da Costa, 38 anos
Felipe era neto de Alessandra do Socorro Ribeiro, 40 anos, esposa de Salmon, cujo corpo foi o último a ser encontrado. A família, residente em Palmas, seguia para o Maranhão para celebrar o Natal quando a tragédia aconteceu.
A Luta Pelo Atestado de Óbito
Maristelia relata a dificuldade em obter o atestado de óbito: “Após tantos meses, ainda não é possível. Oficialmente, eles são considerados desaparecidos.”
Um Apelo por Justiça e Dignidade
A família enfrentou dias de angústia nas buscas, agarrando-se à esperança de encontrar os corpos. Maristelia reconheceu Alessandra pelas roupas, mas Salmon e Felipe seguem desaparecidos.
“Gostaríamos de realizar um velório para meu irmão, mas não temos a certidão de óbito. Queremos, pelo menos, isso, pois a esperança de encontrá-los com vida já se foi”, desabafa Maristelia.
O Que Dizem as Autoridades?
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informa que a declaração de morte presumida pode ser solicitada judicialmente em casos de desaparecimento sem localização do corpo.
O Corpo de Bombeiros, que atuou nas buscas por 42 dias, mantém contato com as comunidades locais para obter novas informações.
Relembre Outras Notícias Sobre a Tragédia:
- DNA confirma identificação de Alessandra Ribeiro
- Retirada de agrotóxicos do rio é adiada
- Nova ponte chega à metade da construção
- Implosão da estrutura remanescente
- Avanço nas obras da nova ponte
A Despedida Inesquecível
Maristelia recorda o último encontro com Salmon: “Foi na manhã do dia 21 de dezembro, um dia antes da tragédia. Ele se despediu de todos e partiu para a viagem.”
A família identificou a caminhonete de Salmon em imagens da ponte. Ele e Alessandra mantinham contato constante com a família durante a viagem.
“Foi um baque enorme identificar a caminhonete”, relata Maristelia, emocionada.
Um Destino Irônico
Maristelia revela que Salmon dedicou anos de sua vida à construção de pontes. “Ele passou a vida toda construindo pontes e morreu justamente em um acidente onde a ponte caiu. Estava aposentado, feliz, e perto da família”, lamenta.
Uma missa será celebrada no aniversário da tragédia, reunindo familiares de Salmon e Alessandra.
“Estaremos juntos para superar essa dor”, afirma Maristelia.
A Situação no Rio Tocantins
Veículos submersos no rio carregam galões de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. A Polícia Federal constatou a presença de 1,3 mil galões no fundo do rio, dos quais apenas 29 foram retirados até maio de 2025.
O DNIT e o Ibama trabalham para garantir a segurança da área e a remoção dos materiais, minimizando os danos ambientais.