Chocante! O Que o Dia dos Pais Revela Sobre Nossa Sociedade Machista? 😱
Você não vai acreditar no que os números mostram! O Dia dos Pais, uma data para celebrar a figura paterna, **movimenta apenas metade do que o Dia das Mães** no comércio brasileiro. Mas o que está por trás dessa diferença gritante? 🤔
Os Números Não Mentem: Uma Realidade Econômica e Social
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em 2025, o Dia das Mães gerou **R$ 14,4 bilhões**, enquanto a expectativa para o Dia dos Pais é de apenas **R$ 7,8 bilhões**. Isso coloca o Dia dos Pais como a quarta principal data comemorativa, atrás do Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças.
Mas por que essa disparidade? Especialistas apontam para uma questão cultural e de papéis de gênero.
O Papel do Pai na Sociedade: Uma Análise Profunda
Psicanalistas e especialistas em comportamento familiar argumentam que essa diferença reflete a forma como a sociedade enxerga a paternidade. Será que ainda vivemos em um mundo onde a mãe é vista como a principal responsável pelos filhos?
- A Maternidade Supervalorizada: A presença materna é culturalmente mais celebrada, como se o pai pudesse se ausentar, contando com a mãe para suprir essa falta.
- A Ausência Paterna: No Brasil, milhares de crianças não conhecem seus pais, e muitas outras são criadas por mães solteiras. Como presentear a ausência?
Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) revelam que 5% dos nascimentos não têm o pai declarado. Uma análise da Fundação Getúlio Vargas mostrou que, em 2022, mais de 11 milhões de mães criavam seus filhos sozinhas.
O Apelo Emocional e Cultural: Por Que o Dia das Mães Vence?
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACS), explica que o Dia das Mães possui um apelo emocional e cultural mais forte, além de uma oficialização mais antiga.
- Cuidado e Afeto: A figura materna é tradicionalmente associada ao cuidado, afeto e celebração familiar.
- Padrões de Consumo: O Dia dos Pais ainda não possui padrões de consumo tão consolidados quanto o Dia das Mães.
Machismo Estrutural: A Raiz do Problema
A psicóloga Mariana Malvezzi, da ESPM, destaca que a diferença revela a centralidade histórica do papel materno e a construção social de gênero que associa a mulher ao cuidado e à afetividade.
Especialistas concordam que essa disparidade reflete uma construção patriarcal sobre os papéis de gênero. A mãe é vista como a principal responsável pelo cuidado, enquanto o pai é relegado ao papel de provedor.
A neurocientista Telma Abrahão explica que isso gera uma desconexão, onde a criança vê a mãe como referência afetiva e o pai como alguém à margem. A compra de presentes, nesse contexto, perde força simbólica e comercial.
A Luz no Fim do Túnel: Uma Nova Paternidade
Felizmente, o cenário está mudando! Cada vez mais pais entendem que seu papel vai além de pagar as contas. Eles buscam participar ativamente da criação dos filhos, desde as tarefas diárias até o carinho constante.
Essa mudança se reflete na publicidade, que começa a apresentar pais amorosos e presentes, rompendo com o estereótipo do provedor distante.
O Que Podemos Fazer?
- Diálogo Entre Homens: O psicanalista Thiago Queiroz defende que os homens precisam conversar entre si sobre paternidade, quebrando o pacto de silêncio que reforça o machismo.
- Paternidade Ativa: Marcas e a sociedade devem investir em narrativas que valorizem a paternidade ativa e diversa.
Vamos juntos construir um futuro onde a paternidade seja tão valorizada quanto a maternidade! 💪