Tragédia no Rio: Advogada Atropelada por Jogador Tem Despedida Dolorosa
O Rio de Janeiro se despede de Ariane Carvalho da Silva, a advogada de 41 anos vítima de um atropelamento devastador causado pelo ex-jogador do Botafogo, Luan Plácido Moreira da Costa. O enterro, realizado neste domingo (10) no Cemitério da Pechincha, Zona Oeste da cidade, foi marcado por forte emoção e pedidos de justiça.
Além da irreparável perda de Ariane, o atropelamento deixou outras três pessoas feridas, uma delas em estado grave. A tragédia abalou a comunidade e reacendeu o debate sobre a segurança nas vias da cidade.
Uma Mãe, uma Profissional, um Sonho Interrompido
Segundo relatos de familiares, Ariane era uma advogada dedicada e uma mãe amorosa que acabara de deixar seu filho de 3 anos na creche no fatídico dia 8 de agosto. No caminho para o trabalho, sua vida foi abruptamente interrompida na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena.
As palavras da irmã de Ariane, Adriana Carvalho, ecoam a dor de toda a família: “Uma mulher que tinha sonhos, planos, sonhos de se casar, de levar o filho como pajem no altar. É uma tristeza que não tem palavras para definir. O filhinho dela, na madrugada, fica chamando ‘mamãe’”.
Apelo por Justiça e Segurança Viária
Familiares e amigos realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (11), clamando por justiça e responsabilização do jogador, além de maior fiscalização no local do acidente.
“A gente não está aqui para fazer bagunça nem desordem. A gente só quer justiça pela morte da minha irmã, uma advogada excelente, uma mãe que deixa dois filhos e dois netos, que tem 3 anos aninhos e hoje chora por ela. Em menos de dez minutos (aqui) foram mais de cinco imprudências, avanço de sinal, retorno inadequado. A gente quer uma fiscalização eletrônica aqui”, desabafou a irmã da vítima.
Entenda o Caso: Imprudência e Consequências
- Luan Plácido, de 21 anos, dirigia na contramão e avançou o sinal vermelho, atingindo as quatro pessoas que estavam na calçada.
- O jogador alegou não se lembrar do acidente e afirmou tomar remédios controlados, negando o consumo de álcool ou drogas.
- Luan se recusou a realizar o exame de urina, mas o laudo do IML apontou sinais de desorientação.
- Após o atropelamento, Luan tentou tomar o fuzil de um policial e danificou uma viatura, além de agredir outro policial na delegacia.
- Inicialmente preso em flagrante, Luan pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado. Agora, responderá por homicídio culposo.
Outras Vítimas
Além da fatalidade de Ariane, outras pessoas foram afetadas:
- Uma mulher de 35 anos permanece internada em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto.
- Wendell de Almeida, de 28 anos, e José Armando Cassiano, de 22, foram atendidos e liberados do Hospital Municipal Lourenço Jorge.
A tragédia serve como um doloroso lembrete da importância da responsabilidade e da prudência no trânsito, e da necessidade de medidas eficazes para garantir a segurança de todos.