Rio Clama por Dignidade: Acolhimento a Moradores de Rua Aumenta, Mas a Luta Continua!

No Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, o Rio de Janeiro se une em um coro por respeito e dignidade. Apesar do aumento nos acolhimentos, os desafios persistem, e a história de Monique, uma moradora de rua, ilustra essa dura realidade.

O Grito da Cinelândia: Um Ato por Respeito

O Fórum de Defesa dos Direitos da População em Situação de Rua ecoou na escadaria da Câmara Municipal, na Cinelândia. O objetivo? Exigir o fim do preconceito e da violência que assolam as operações urbanas, que muitas vezes despojam essas pessoas de seus pertences.

A História de Monique: Uma Luta Pessoal

Monique de Souza, 48 anos, compartilha um espaço na Cinelândia com seu marido e sua fiel companheira, a cadela Pantera. Órfã desde cedo, ela enfrenta a vida nas ruas há mais de uma década.

Seu maior desejo? Uma casa própria e a chance de retornar ao mercado de trabalho. No entanto, as cicatrizes do passado, incluindo sua passagem pelo sistema prisional, erguem barreiras quase intransponíveis.

Números que Revelam a Crise

  • O último censo, realizado em 2022, contabilizou mais de 7,8 mil pessoas vivendo nas ruas do Rio.
  • Os dados da Secretaria Municipal de Assistência Social revelam um aumento nos atendimentos em 2025.
  • De janeiro a julho, foram registradas mais de 62 mil abordagens, um aumento de quase 15 mil em relação ao mesmo período de 2024.

Embora nem todos aceitem o abrigo, os acolhimentos cresceram, atingindo a marca de 33 mil nos primeiros sete meses do ano, o que representa uma média de 156 pessoas por dia. Um salto de quase 21 mil em relação ao ano anterior!

Além do Acolhimento: A Busca pela Reintegração

Especialistas alertam: a solução vai além de oferecer um teto. A precariedade no mercado de trabalho, a falta de acesso à higiene e à alimentação, são fatores que contribuem para a marginalização dessa população.

A Prefeitura do Rio oferece Centros Pop e Creas, onde é possível tomar banho, lanchar e participar de atividades. No entanto, a solidariedade também desempenha um papel crucial. A pastora Mara Cristiane, por exemplo, distribui centenas de quentinhas para matar a fome que assola as ruas.

A Luta por Dignidade Continua

Apesar dos avanços, a batalha pela dignidade da população em situação de rua está longe de terminar. É preciso unir forças, derrubar preconceitos e oferecer oportunidades para que essas pessoas possam reconstruir suas vidas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *