Brasileiro volta ao front na Ucrânia após UTI e encontra o destino! 💔
A história de Bruno de Paula Carvalho Fernandes, um técnico de enfermagem de 29 anos, natural de Governador Valadares, Minas Gerais, tomou um rumo trágico e surpreendente. Bruno, que atuava como soldado na Ucrânia, faleceu em combate, mas a revelação chocante é que ele havia retornado à linha de frente logo após se recuperar de ferimentos graves que o levaram à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Victor Amorim, um amigo de Bruno e o único sobrevivente de uma emboscada fatal ocorrida no dia 1º de setembro, compartilhou detalhes angustiantes sobre a situação. Segundo Victor, Bruno ainda sentia dores intensas, mas insistiu em participar da missão. A esposa de Bruno, Cecília Fernandes, chegou a suspeitar que ele estivesse sendo forçado a retornar ao combate, mesmo sem estar totalmente recuperado.
Um Guerreiro Relutante?
Semanas antes de sua morte, Bruno já havia sofrido múltiplos ferimentos de bala, incluindo um na cabeça, durante um confronto anterior. Apesar da gravidade desses ferimentos, ele fez a escolha de voltar ao front.
Victor Amorim tentou dissuadi-lo, alertando sobre suas dores persistentes e incentivando-o a recusar a missão se não se sentisse seguro. No entanto, Bruno estava determinado, expressando seu apreço por estar em combate.
A Perspectiva da Esposa:
Cecília, a esposa de Bruno, tinha uma visão diferente da situação. Ela acreditava que Bruno não tinha a opção de recusar e que estava sendo “obrigado a ir” para a zona de conflito, mesmo sem estar totalmente recuperado.
Detalhes da Emboscada Fatal 💣
Victor descreveu os momentos finais de Bruno. Em 1º de setembro, Bruno fazia parte de uma equipe composta por ele e dois soldados ucranianos quando foram surpreendidos por um ataque devastador. A posição deles foi alvo de intensos bombardeios de morteiros e drones kamikaze, caracterizando uma emboscada.
Durante o ataque, Bruno foi atingido novamente, sofrendo um ferimento de raspão na cabeça e um tiro na perna. Victor tentou desesperadamente prestar os primeiros socorros, aplicando um torniquete na perna e bandagens na cabeça de Bruno, enquanto lutava para mantê-lo consciente. No entanto, o ferimento na cabeça era extremamente grave, com sangramento difícil de controlar, exigindo cuidados médicos especializados.
Victor testemunhou Bruno perdendo a consciência antes de falecer devido a uma hemorragia. Os dois soldados ucranianos que estavam na equipe também perderam a vida no ataque, tornando Victor o único sobrevivente.
O que motivou essa escolha?
Bruno, pai de dois filhos e técnico de enfermagem que atuou na linha de frente contra a Covid-19 no Brasil, partiu para a Ucrânia em maio deste ano. A principal motivação por trás dessa decisão era a busca por melhores condições financeiras. Ele foi atraído por ofertas de até R$ 30 mil por mês, juntamente com hospedagem, alimentação e transporte pagos pelo governo ucraniano. Além disso, segundo a viúva, existia a possibilidade de receber uma “comissão por cada soldado inimigo morto”.
Para viabilizar a viagem, Bruno chegou a vender seu carro. Sua esposa, Cecília, descobriu pelo menos sete grupos de recrutamento para brasileiros na Ucrânia nas redes sociais do marido.
Últimas Palavras:
Horas antes de sua última missão, Bruno enviou mensagens de áudio para sua esposa, transmitindo paz e confiança em seu retorno: “Não é uma despedida. Jamais. É só uma mensagem de que daqui a uns dias estarei de volta. Deus é conosco”.
O corpo de Bruno, natural de Barra de São Francisco (ES), está atualmente em uma área de difícil acesso, o que dificulta o resgate. A família está aguardando um posicionamento oficial do governo ucraniano e do Itamaraty para realizar o traslado do corpo.
O Itamaraty já havia emitido um alerta consular, desaconselhando a participação de brasileiros em atividades militares no exterior.