Juíza Reencontra Preso em Audiência e Viraliza: Entenda a Polêmica!
A atitude de uma juíza em Goiás, Mônica Miranda, ao reencontrar um detento durante uma audiência de custódia, gerou debates acalorados na internet. A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) se manifestou em defesa da magistrada, ressaltando o equilíbrio entre a firmeza da lei e o respeito à dignidade humana.
O Que Aconteceu?
Um vídeo do momento em que a juíza ri ao se deparar com o preso na audiência viralizou, provocando diversas reações.
Enquanto alguns criticaram a postura, outros defenderam a atitude da juíza, considerando-a um gesto de cordialidade que não compromete a seriedade do ato judicial.
Posicionamento da Asmego
A Asmego emitiu uma nota oficial em apoio à juíza Mônica Miranda, destacando os seguintes pontos:
- **Equilíbrio:** A associação enfatizou que a conduta da juíza demonstra um equilíbrio entre a aplicação da lei e o respeito à dignidade do indivíduo.
- **Pedido do Ministério Público:** A Asmego ressaltou que a liberdade concedida ao preso foi resultado de um pedido formal do Ministério Público.
- **Pacote Anticrime:** A associação lembrou que, de acordo com o Pacote Anticrime (Lei nº 13.964/2019), o juiz não pode decretar prisão preventiva por iniciativa própria, devendo seguir as solicitações das partes envolvidas.
- **Independência Judicial:** A Asmego reafirmou sua confiança na independência e responsabilidade da magistrada, assim como em todos os juízes de Goiás, que enfrentam desafios complexos diariamente para garantir a justiça.
A Opinião da Asmego na Íntegra
“A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) manifesta apoio à magistrada cuja atuação em audiência recentemente repercutiu nas redes sociais.
A liberdade concedida ao custodiado decorreu de pedido expresso do Ministério Público. Após o Pacote Anticrime (Lei nº 13.964/2019), o juiz não pode decretar prisão preventiva de ofício, limitando-se a decidir conforme requerimento das partes, em estrita observância à lei.
A postura cordial da magistrada não retira a seriedade do ato, mas traduz o equilíbrio entre firmeza judicial e respeito à dignidade da pessoa humana, princípios que norteiam a magistratura.
Decisões judiciais são técnicas e não podem ser julgadas por recortes de vídeos ou interpretações descontextualizadas.
A ASMEGO reafirma sua confiança na independência e responsabilidade da magistrada, bem como em todos os juízes e juízas de Goiás, que diariamente enfrentam desafios complexos para assegurar justiça à sociedade.
Patrícia Carrijo
Presidente Asmego”
Em resumo: A Asmego defende que a atitude da juíza reflete um compromisso com a justiça e o respeito aos direitos humanos, e que as decisões judiciais devem ser analisadas em seu contexto completo, e não apenas por fragmentos de vídeo.