Do Subsolo ao Sucesso: A Cultura Ballroom Invade o Interior e Transforma Vidas LGBTQIA+! ✨
Diretamente de Nova York para o interior de São Paulo, a cultura ballroom está resgatando um legado de acolhimento e visibilidade para a comunidade LGBTQIA+. E o melhor? É puro aconchego! 🥰
Para desvendar esse movimento, estivemos no evento ‘Ballroom Sorocaba – Aberto para Todes’ e te contamos tudo sobre essa cultura que vai muito além da dança. Prepare-se para se inspirar! 🤩
Uma História de Ritmo e Resistência 💃
Há mais de 35 anos, Madonna já anunciava: ‘Você só precisa deixar o seu corpo seguir o ritmo!’. Com a música ‘Vogue’, a rainha do pop iluminou o estilo de dança nascido na cena queer de Nova York, imortalizado nos eventos ballroom. 🕺
Inspirados nas poses de modelos da revista Vogue, os dançarinos transformam cada movimento em uma obra de arte, repleta de linhas, poses e expressões marcantes. Uma verdadeira explosão de criatividade e identidade! 📸
O Que é a Cultura Ballroom? 🤔
Muito além da dança, o ballroom é um espaço de:
- Acolhimento: Um refúgio seguro para a comunidade LGBTQIA+.
- Visibilidade: Uma plataforma para expressar identidades e quebrar barreiras.
- Empoderamento: Celebrando a beleza e a força de cada indivíduo.
E para entender melhor como tudo isso acontece, acompanhamos o evento ‘Ballroom Sorocaba – Aberto Para Todes’. Descobrimos que a dança é apenas a ponta do iceberg! 🧊
Por Dentro do ‘Ballroom Sorocaba’ 🎤
Jeff Cabal, idealizador do projeto, nos contou que tudo começou em 2018, quando ele percebeu que as ‘balls’ (competições) eram muito mais do que eventos: eram rodas de conversa e espaços de acolhimento. 🗣️
Desde 2016, a cultura ballroom tem se espalhado pelo interior de São Paulo, unindo arte e ativismo. Questões como raça, gênero e saúde (incluindo a prevenção de ISTs) ganham voz e visibilidade nesse movimento. ✊
As ‘Houses’: Lares de Aconchego e Aprendizado 🏠
As ‘houses’ são verdadeiras famílias dentro do universo ballroom. Nelas, os integrantes encontram apoio, aprendizado e um senso de pertencimento. Jeff Cabal explica:
“Nós falamos sobre demandas da vida adulta que, muitas vezes, as pessoas de dentro de casa não comentam. Saúde LGBT, profissionalização, mercado de trabalho. É um núcleo muito forte de acolhimento.”
As houses funcionam como redes de apoio, abordando temas como saúde LGBT e profissionalização. E, embora não substituam a rede de saúde, oferecem um espaço seguro e acolhedor para jovens em situação de vulnerabilidade.
Kiki Houses x Mainstream Houses 🏘️
Existem diversos tipos de houses, como a Avalanx e a De Lá (a primeira composta por travestis). As ‘kiki houses’ atuam em âmbito regional, enquanto as ‘mainstream houses’ estão nos grandes centros, como Paris e Nova York.
A História Emocionante Por Trás do Movimento 😭
As primeiras houses surgiram nos anos 80, nos EUA, para acolher pessoas marginalizadas. A série ‘Pose’ retrata essa realidade, mostrando como Blanca acolhia jovens LGBTs em situação de vulnerabilidade durante a epidemia de HIV/Aids.
Jeff Cabal revela: “As mulheres trans e travestis assumiram a liderança naquela época. O ballroom surgiu de e para pessoas que não tinham para onde ir. Por muitas vezes, era a única coisa que os acolhidos tinham”.
Desafiando o Conservadorismo e Quebrando Tabus 💥
Em cidades do interior, como Sorocaba, o conservadorismo ainda é um desafio para a expansão da comunidade ballroom. Mas Jeff Cabal acredita que o movimento está crescendo, com o apoio de parcerias interessadas em fortalecer o legado da cultura.
O ballroom cumpre um papel fundamental ao naturalizar temas tabus, como o HIV/Aids, que ainda afetam a comunidade LGBTQIA+. A luta contra o estigma e o preconceito é constante.
Como Fazer Parte Desta Família? 🫂
Não precisa ser artista para participar do ballroom! O importante é entender a história e os valores da comunidade. Jeff Cabal explica:
“A forma mais tradicional de entrar para uma house é sendo selecionado pelas pessoas que já estão em uma… Mas a arte não é uma limitante nossa. Você pode trazer o seu conhecimento sobre algo para nós, com o que tiver como ferramenta.”
Psicólogos, produtores, gestores de crise… Todos são bem-vindos! O importante é saber que o protagonismo é das mulheres trans e travestis.
Competições e Ações Que Inspiram 🏆
O evento ‘Ballroom Sorocaba’ oferece oficinas de voguing, palestras e rodas de conversa, culminando em um grande baile de competições. Malika Saion, competidora da House of De Lá, conta:
“Todo o ballroom é sobre a nossa cultura, sobre o nosso pertencimento, existência e divertimento. Mas, mesmo assim, o nervosismo bate em todas as competições.”
Apesar da rivalidade nas competições, a amizade e o apoio mútuo prevalecem. Afinal, todos fazem parte de uma grande família!
O Vogue Como Expressão Artística e Suas Vertentes 🎨
Gabrielly Dias, responsável pelo Ballroom Sorocaba, explica que o vogue possui categorias como ‘Old Way’ e ‘New Way’. Além disso, há o ‘Vogue Femme’, que exalta a sensualidade e a feminilidade. ✨
E não se preocupe se você não for um expert na dança! Há categorias como ‘pose’ e ‘best dress’ para todos os estilos.
O Público Faz a Diferença! 📣
A energia do público é essencial no ballroom. As pessoas incentivam, votam e interagem, criando uma atmosfera de celebração e união.
Gabrielly Dias finaliza: “A nossa comunidade vai muito além de quem está desfilando na passarela”.