Notícia Urgente: Uma Luz de Esperança Surge para o Periquito Cara-Suja no Ceará!
Após mais de um século de silêncio, a natureza nos presenteia com um espetáculo de renovação! O **periquito cara-suja** (*Pyrrhura griseipectus*), ave símbolo do Ceará e sob grave risco de extinção, voltou a se reproduzir em terras cearenses. Uma notícia que reacende a esperança na preservação da nossa fauna!
Imagine a cena: No coração da Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), no Planalto da Ibiapaba, uma fêmea da espécie chocou seis ovos férteis. Desses, três filhotes já romperam a casca, trazendo alegria e a promessa de um futuro mais verde para o Ceará.
Um Retorno Triunfal Após 114 Anos!
Essa incrível reviravolta é fruto do Projeto Refaunar Arvorar, uma força-tarefa entre o Parque Arvorar, as ONGs Aquasis e Associação Caatinga, com o imprescindível apoio do Ibama. Juntos, eles estão escrevendo um novo capítulo na história da conservação ambiental.
“O nascimento simboliza o início de um novo ciclo de vida para a espécie no seu habitat original”, comemora Leanne Soares, gerente do Parque Arvorar.
O Periquito Cara-Suja: Uma Espécie em Busca de um Lar
Nos últimos 50 anos, o periquito cara-suja enfrentou um declínio alarmante, chegando à extinção em diversas áreas do Nordeste. Em 2017, a espécie foi classificada como “criticamente em perigo”.
A boa notícia é que, graças aos esforços de conservação, a espécie subiu um degrau na escala de ameaça, passando para a categoria “em perigo”.
Desafios e Esperanças para o Futuro
Apesar do avanço, a jornada ainda é longa. Estima-se que existam entre 1.500 e 2.000 periquitos cara-suja vivendo em liberdade. As maiores ameaças? O tráfico de animais e a destruição de seus habitats naturais.
Para Fábio Nunes, gerente do Projeto Cara-suja da Aquasis, a escassez de árvores com cavidades naturais para reprodução é um grande obstáculo. No entanto, ele ressalta o papel vital do periquito cara-suja no ecossistema:
“O cara-suja atua como dispersor de sementes e ainda facilita a ação de outros dispersores, ao abrir caminhos e tornar os recursos mais acessíveis. Ou seja, ele desempenha um papel ecológico fundamental, e preservar essa ave significa também manter essas interações ecológicas essenciais para o equilíbrio do ecossistema.”
Um Final Feliz (Por Enquanto!)
A protagonista dessa história, a fêmea que trouxe nova vida à espécie, foi acolhida pelo Parque Arvorar em setembro de 2024, após ser resgatada pelo Ibama. Após uma reabilitação completa, ela foi integrada ao projeto Refaunar e encaminhada para a RNSA.
“Ainda é só o início: reintroduzir animais na natureza exige monitoramento constante e enfrentar desafios complexos. Mas o nascimento dos filhotes já é um sinal positivo de que essa espécie está se adaptando ao ambiente e pode repovoar a região com sucesso. Seguimos comprometidos para garantir que esse recomeço prospere!”, garante Fábio.
O Que Vem Por Aí?
O objetivo final é alcançar uma diversidade genética de 90% em relação à população original da Serra de Baturité. Para isso, o monitoramento é diário, incluindo:
- Alimentação suplementar
- Acompanhamento dos locais de dormida
- Análise do comportamento reprodutivo
- Avaliação da taxa de sobrevivência das aves