🚨 Choque no Rio: Prefeitura acusada de “exportar” moradores de rua! 🚨
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro está investigando uma denúncia grave: a Prefeitura de Cabo Frio teria enviado um ônibus cheio de pessoas em situação de rua para o Espírito Santo, com uma promessa de emprego que não existia. A defensora pública responsável pelo caso classificou a ação como inaceitável.
O que aconteceu?
Segundo a denúncia, a prefeitura de Cabo Frio teria transportado 12 pessoas, que viviam em um abrigo municipal, para a cidade de Linhares, no Espírito Santo. A promessa era de um emprego em uma fazenda, mas ao chegarem ao destino, as vítimas descobriram que haviam sido enganadas.
“Não podemos exportar vulnerabilidade”
A defensora Cristiane Xavier de Souza foi enfática ao afirmar que o Rio de Janeiro não pode ser usado como um local que “exporta” pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Não podemos exportar pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social. O Rio de Janeiro não vai ser esse lugar, nem por meio de Cabo Frio, ou qualquer outra cidade, que vai usar desse artifício para ‘higienizar’ as suas cidades e dar uma solução administrativa”, declarou.
A Falsa Promessa
As vítimas relatam que o coordenador do abrigo ofereceu um emprego em uma fazenda no estado vizinho. Seduzidos pela chance de recomeçar, eles aceitaram a proposta. No entanto, ao chegarem em Linhares, descobriram que não havia trabalho e nem lugar para ficar.
O Que Dizem as Vítimas?
Júlio César Freire, um pedreiro que estava no grupo, conta que aceitou a proposta porque queria mudar de vida. “Foi o próprio Tadeu que falou, falou que já aconteceu relato do pessoal que saiu daqui para o Espírito Santo ganhar R$ 20 mil, mudar de vida. Eu quero mudar de vida, sou um cidadão em situação de rua e falei: ‘pô, vou pra lá então’. Colheita de café. Chegou aqui e não era nada disso”, desabafa.
Outro membro do grupo, Adílio Menezes, relata que foi levado sem documentos, com a promessa de que tudo seria resolvido no novo emprego.
Investigação em Andamento
Após pedirem ajuda, as vítimas foram acolhidas pela prefeitura de Linhares. A delegacia da cidade abriu uma investigação para apurar o caso e já ouviu todos os envolvidos.
O Que Dizem os Envolvidos?
- Prefeito de Cabo Frio: Nega que tenha prometido emprego e moradia, afirmando que apenas se comprometeu com o transporte, utilizando recursos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
- Coordenador do abrigo: Thadeu Couto, apontado como o responsável pela oferta, alega que apenas atendeu a um pedido de transporte e que nunca prometeu emprego.
Próximos Passos
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro segue acompanhando o caso e buscando garantir os direitos das vítimas. A defensora Cristiane Xavier de Souza ressalta a importância de entrar em contato com a família ou com o local onde a pessoa será acolhida antes de realizar qualquer tipo de transporte.
Este caso levanta sérias questões sobre a responsabilidade dos governos municipais no cuidado com a população em situação de rua e a importância de garantir que seus direitos sejam respeitados.