A Polêmica dos Bebês Reborn: Afinal, por que mulheres adultas são criticadas por colecionar bonecas? 🤔

Já parou para pensar por que a sociedade torce o nariz quando mulheres adultas se dedicam a hobbies como colecionar bebês reborn, enquanto homens que se fantasiam de super-heróis em convenções são vistos com outros olhos? Essa é a questão levantada pela psicanalista Thaís Basile, em meio à crescente popularidade (e polêmica) dos bebês reborn – aqueles bonecos que parecem incrivelmente reais.

Mas por que essa onda de bonecas realistas está gerando tanto debate? E qual a relação disso com a forma como a sociedade enxerga a maternidade e o papel da mulher?

A Maternidade Compulsória e a Busca pelo Ideal Inatingível 🤱

Segundo Thaís Basile, autora de livros como “Nossa infância, nossos filhos”, o fenômeno dos bebês reborn vai além de um simples hobby. Ele reflete:

  • Uma busca por um ideal de maternidade perfeita, muitas vezes inatingível na vida real.
  • A pressão social para que mulheres sejam mães, mesmo que isso signifique abrir mão de seus próprios desejos e necessidades.
  • A sobrecarga de tarefas de cuidado que recai sobre as mulheres, desde a infância.

“Somos socializadas para o cuidado e a hiper-responsabilização desde muito cedo, às custas da própria infância. É um sintoma que estejamos apostando num cuidado imaginário, em que posso fantasiar ser uma cuidadora perfeita para este ser que não me exige nada.” – Thaís Basile

O que está por trás da aversão aos bebês reborn? 🤔

A psicanalista argumenta que a sociedade tende a desvalorizar e até ridicularizar atividades que fogem do papel tradicionalmente atribuído às mulheres. Enquanto o cuidado com crianças, pets e plantas é visto como algo “natural”, o apego a bonecas é interpretado como imaturidade ou até mesmo como sinal de desequilíbrio.

Especialistas apontam que essa reação pode estar ligada a:

  • Uma dificuldade em lidar com a ideia de que mulheres possam expressar seu lado lúdico e fantasioso sem serem julgadas.
  • Uma visão distorcida da maternidade, que idealiza o amor materno como algo incondicional e isento de frustrações.
  • A pressão para que mulheres sejam sempre “maduras” e responsáveis, sem espaço para a leveza e a diversão.

A Fetichização dos Bebês Reais e a Busca por Reconhecimento nas Redes Sociais 📱

Thaís Basile também levanta uma questão importante: a exposição de bebês reborn nas redes sociais como uma extensão da fetichização de bebês reais. Para ela, a busca por reconhecimento e validação através da imagem dos filhos pode ter consequências negativas para as crianças, que são vistas como meros objetos de admiração.

O que podemos aprender com essa polêmica? 🤔

Em vez de julgar ou patologizar as mulheres que se dedicam aos bebês reborn, a psicanalista propõe uma reflexão sobre as pressões sociais que moldam a experiência da maternidade. Segundo ela, é preciso:

  • Questionar a ideia de que a maternidade é a única forma de realização para as mulheres.
  • Combater a romantização da maternidade, que ignora as dificuldades e desafios da vida real.
  • Criar políticas públicas que ofereçam suporte e recursos para as mães, em vez de criminalizar comportamentos que fogem do padrão.

E você, o que pensa sobre tudo isso? Deixe seu comentário abaixo e vamos trocar ideias! 👇

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