Carro Popular no Brasil: Um Sonho Cada Vez Mais Distante?

Ter um carro se tornou um luxo? A escalada dos preços dos veículos no Brasil tem deixado muita gente a pé. Em 2016, um Fiat Mobi básico custava R$ 31.900. Hoje, o modelo de entrada da marca, o Fiat Mobi Like, já ultrapassa os R$ 77.990! Um aumento de 145% que pesa no bolso de qualquer um.

Mas o que explica essa alta tão expressiva? Não é só a inflação, que já corroeu 61,2% do nosso poder de compra. Segundo Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul, o aumento se deve também aos custos de produção e à incorporação de novas tecnologias.

Em entrevista exclusiva, Cappellano revelou que a solução para baratear os carros passa por um esforço conjunto entre a indústria e o governo. Mas como isso seria possível?

O Dilema do Preço do Carro Zero

Enquanto os carros evoluem, o salário não acompanha. O mínimo subiu apenas 72% no mesmo período, e a fatia da renda que sobra para despesas não essenciais está cada vez menor. Será que o carro popular virou artigo de luxo no Brasil?

A Proposta da Stellantis para um Carro Mais Acessível

Para Cappellano, a chave está em reduzir os custos de produção com um apoio governamental mais efetivo. A Stellantis, que engloba marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, aposta também em:

  • Incentivar a indústria nacional: Produzir no Brasil é mais acessível e diminui a dependência de importações.
  • Investir em novas tecnologias: A Stellantis anunciou um aporte de R$ 30 bilhões até 2030, com o lançamento de 40 novos modelos.
  • Diversificar a plataforma de veículos: A empresa aposta em carros híbridos (mild hybrid e HEV) para atender às diferentes demandas do mercado.

O Futuro da Mobilidade no Brasil

A Stellantis acredita que a flexibilidade é fundamental. A mesma plataforma pode abrigar um motor híbrido, a combustão ou até mesmo elétrico. Mas será que essas medidas serão suficientes para trazer o carro popular de volta à realidade dos brasileiros?

Assista a entrevista completa e descubra os próximos passos da Stellantis no mercado brasileiro:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *