Ucrânia: A vida em meio à guerra
Mesmo sob o constante som de sirenes e explosões, a vida na Ucrânia teima em seguir em frente. O Fantástico, em seu segundo episódio da série especial “Ucrânia: O Som e a Fúria”, embarcou em uma jornada pelo país para revelar como o conflito molda o dia a dia de civis, soldados e até mesmo jogadores de futebol brasileiros que lá atuam.
Assista a reportagem completa no vídeo abaixo e prepare-se para se emocionar e se surpreender com a resiliência do povo ucraniano.
Futebol resiste em tempos de guerra
O esporte, paixão nacional, encontra maneiras de florescer mesmo em meio ao caos. Em Lviv, torcedores mostram que a paixão clubística é mais forte que o medo, lotando o estádio para acompanhar o clássico entre Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev. A atmosfera é de pura emoção e um ato de resistência contra a opressão.
“Claro que me sinto seguro aqui. A gente se acostumou com o esquema de guerra”, diz um torcedor”.
No Shakhtar, nove brasileiros persistem, incluindo nomes como Pedrinho, ex-Corinthians, e Kauã Elias, promessa revelada pelo Fluminense.
“É uma porta de entrada para o futebol europeu”, diz Kauã, de 19 anos, demonstrando esperança em meio às adversidades.
Confira também o primeiro episódio da série:
A força feminina: Mulheres pegam em armas
Bucha, cidade nos arredores de Kiev, carrega as cicatrizes de um massacre brutal em 2022, onde, segundo o governo ucraniano, cerca de 400 civis perderam suas vidas.
Em resposta, um grupo de mulheres, autodenominadas “Bruxas de Bucha”, decidiram se armar e treinar para derrubar drones invasores, protegendo assim suas comunidades. Elas optam por revelar apenas seus nomes de guerra, mantendo o anonimato em meio ao perigo.
“Desde os meus 6 anos sei manusear armas de fogo, porque venho de uma família de militares. Então decidi me alistar e ser útil”, declara Kalypso, uma das líderes do grupo, personificando a bravura e determinação dessas mulheres.
Chernobyl: Do desastre nuclear à trincheira militar
A cidade fantasma de Chernobyl, palco da maior catástrofe nuclear da história, volta a ser notícia. Em fevereiro de 2025, um ataque de drone russo atingiu a estrutura do reator quatro, o mesmo que explodiu em 1986.
Atualmente, a área abriga bases militares ucranianas, com edifícios residenciais transformados em alojamentos para soldados. A estrutura de proteção, projetada para durar um século, resistiu ao impacto, e os níveis de radiação permanecem dentro de limites seguros.
Nobel da Paz Alerta: ‘Rússia usa o medo como arma’
Oleksandra Matviichuk, ganhadora do Nobel da Paz, está à frente das denúncias contra os crimes de guerra cometidos pela Rússia. “Já documentamos 84 mil casos”, revela.
“A Rússia adota uma estratégia de medo. De propósito, causa males enormes à população civil, pra quebrar a resistência do povo e ocupar o país. A vida normal foi arruinada. Ir trabalhar, encontrar os amigos para um café, abraçar quem você ama, jantar coma família, tudo desapareceu”, lamenta Matviichuk, expondo a brutal realidade enfrentada pelos ucranianos.
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