Alerta Urgente: Tatus Canastra Estão Seriamente Ameaçados no Parque Estadual do Rio Doce!

Uma pesquisa inédita revelou a presença alarmante de microplásticos e metais pesados nas fezes de tatus-canastra (Priodontes maximus) no coração do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), a maior joia da Mata Atlântica em Minas Gerais. Este achado acende um sinal de alerta vermelho sobre a crescente poluição e seus efeitos devastadores em espécies já vulneráveis, que habitam áreas de conservação.

O estudo, que ganhou destaque na renomada revista Environmental Research em março de 2025, foi conduzido por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS). E os resultados são chocantes: 100% das amostras analisadas apresentavam contaminação por microplásticos e níveis alarmantes de metais pesados, como cromo, manganês e chumbo.

Mas por que o tatu-canastra?

  • Espécie Ameaçada: O tatu-canastra já enfrenta um alto risco de extinção.
  • Última Esperança: A região do Parque Estadual do Rio Doce pode abrigar a última população viável da espécie na Mata Atlântica.

O Parque Estadual do Rio Doce: Um Paraíso em Perigo

Localizado entre os municípios de Marliéria, Timóteo e Dionísio, no Vale do Aço, o Parque Estadual do Rio Doce se estende por mais de 36 mil hectares, sendo a maior área contínua de Mata Atlântica em Minas Gerais.

No entanto, essa beleza esconde uma dura realidade: o parque foi diretamente impactado pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana, em 2015, um evento que ficou marcado como o maior desastre ambiental da história do Brasil.

As Fontes da Contaminação: Uma Ameaça Multifacetada

Além dos rejeitos da mineração, a pesquisa revelou que a região sofre com:

  • Uso intensivo de fertilizantes agrícolas
  • Descarte irregular de lixo
  • Falta de saneamento básico nos municípios vizinhos

Esses fatores contribuem para a crescente acumulação de contaminantes no ambiente, colocando em risco a saúde dos animais e a integridade do ecossistema.

O Que Foi Encontrado nas Fezes dos Tatus?

As análises laboratoriais revelaram a presença de:

  • Microplásticos: Partículas de polipropileno (32,5%), PET (22,5%) e polietileno (15%), provenientes de embalagens e tecidos sintéticos.
  • Metais Pesados: Altas concentrações de alumínio, ferro, cromo, manganês, chumbo, níquel, zinco e cobre.

A situação é ainda mais crítica na porção sul do parque, próxima ao Rio Doce e às áreas de monocultura de eucalipto, onde a presença humana é mais intensa.

Quais os Perigos Para a Saúde Animal?

Estudos anteriores já mostraram que a exposição prolongada a microplásticos e metais pesados pode causar:

  • Infertilidade
  • Alterações hormonais e neurológicas
  • Danos aos órgãos (fígado e rins)
  • Desenvolvimento de tumores

Segundo Lucas Barreto, cientista envolvido na pesquisa, já existem registros de tartarugas e baleias no Espírito Santo apresentando sinais de contaminação. E o pior: esses efeitos estão se manifestando de forma acelerada, dez anos após o desastre de Mariana.

O Que Podemos Fazer? Medidas Urgentes Para a Conservação

Com apenas dois locais confirmados para a ocorrência da espécie na Mata Atlântica (Parque Estadual do Rio Doce e Reserva Biológica de Sooretama), a situação é crítica. A equipe de pesquisadores está monitorando os tatus por meio de câmeras e coleta de fezes, e planeja realizar capturas futuras para coletar amostras de sangue e outros materiais para análise.

O objetivo é definir estratégias eficazes de proteção para o tatu-canastra e outras espécies que dependem de suas tocas para abrigo.

Precisamos de mais estudos para avaliar os impactos reprodutivos e populacionais da contaminação a longo prazo. A hora de agir é agora! Compartilhe esta informação e junte-se a nós na luta pela preservação do tatu-canastra e do Parque Estadual do Rio Doce.

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