Revelado o Segredo do Castelo Garcia D’Ávila na Independência da Bahia: Uma História Surpreendente!

No coração da Região Metropolitana de Salvador, em Mata de São João, ergue-se um monumento histórico que ecoa os gritos de liberdade da Bahia: o Castelo Garcia D’Ávila. Preservado com esmero, ele é um elo vital com a luta pela Independência do Brasil, celebrada em cada 2 de julho.

Mas o que torna este castelo tão especial? Prepare-se para uma reviravolta na história!

O Castelo Garcia D’Ávila: Mais que um Forte, um Refúgio!

Imagine um lugar que serviu de abrigo para centenas de indígenas, um ponto estratégico para as tropas revolucionárias que desafiaram o poderio português. Sim, o Castelo Garcia D’Ávila foi tudo isso e muito mais!

No entanto, a história oficial nem sempre deu o devido crédito aos verdadeiros heróis…

A História Oculta: O Protagonismo Indígena Apagado

Enquanto a família portuguesa responsável pela gestão do castelo recebia os holofotes, a contribuição crucial dos povos indígenas era deixada de lado. Mas a verdade está vindo à tona!

  • Defesa Estratégica: Desde a chegada dos portugueses, o castelo foi peça-chave na proteção do território contra invasões estrangeiras.
  • Tupinambás na Linha de Frente: Os Garcia D’Ávila contavam com a bravura dos indígenas Tupinambá, que formavam a maior parte das tropas de defesa.

A Aliança Inesperada: Indígenas e a Família Garcia D’Ávila

Segundo o historiador Diego Copque, a relação entre a família e os indígenas começou nos aldeamentos jesuítas do Recôncavo Norte (Camaçari, Lauro de Freitas, Dias D’Ávila e Mata de São João). Mas essa união tinha um propósito maior…

Os indígenas eram preparados não apenas para a conversão religiosa, mas para se tornarem um verdadeiro cinturão de defesa da capital baiana!

1822: A Faísca da Revolução

Em 1822, um conflito entre baianos e portugueses acendeu a chama da revolta. Um grupo militar, composto por negros e mestiços, espalhou o espírito de guerra pelo Recôncavo Norte. E para onde eles se dirigiam em busca de orientação?

“Eles promoveram saques na região e disseram que estavam descendo para a Casa da Torre e que lá eles iriam receber orientação […] e iriam voltar para a capital [para] expulsar os portugueses…”

A Casa da Torre: QG da Rebelião

Após um período de enfraquecimento, os revoltosos elegeram a Casa da Torre como o epicentro da resistência, um ponto de encontro para as tropas que combateriam os portugueses em Salvador.

A Mudança de Lado: Por que a Família Garcia D’Ávila Abandonou a Coroa?

Os descendentes da família Garcia D’Ávila, agora Pires de Carvalho e Albuquerque, priorizavam seus próprios interesses e decidiram apoiar o levante popular para proteger suas terras no Brasil.

“O protagonismo da guerra é popular, mas […] precisava também do apoio dos grandes latifundiários […] e foram estes homens que bancaram a guerra…”

Visconde de Pirajá: O Estrategista Genial

Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, o Visconde de Pirajá, arquitetou um plano audacioso: posicionou as tropas indígenas nas estradas de acesso à capital, cortando o suprimento de alimentos dos portugueses e enfraquecendo-os pela fome!

O Legado Omitido: A Luta de Indígenas, Africanos e Afro-Brasileiros

Apesar do apoio de latifundiários e descendentes de portugueses, a expulsão dos colonizadores foi um esforço conjunto de indígenas, africanos, afro-brasileiros e mestiços.

“O Brasil tornou-se independente, mas a sua política em relação aos povos indígenas e aos escravizados não mudou em absolutamente nada. [Quem lutou] foram os indígenas, os escravizados […] Não houve nenhuma mudança substancial…”

Muitos escravizados que lutaram pela independência acreditavam que seriam libertados, mas seu protagonismo foi, por muito tempo, negligenciado.

“É preciso que a história daqueles que são vistos como os que estão na base da pirâmide social seja colocada em evidência.”

Visite o Castelo Garcia D’Ávila e Descubra a História Completa!

Transformado em fundação, o Castelo Garcia D’Ávila está aberto para visitação, com um museu que abriga um dos maiores acervos arqueológicos do Brasil. Exposições interativas e experiências de videomapping aguardam você de quarta a domingo, das 10h às 18h.

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