Alerta Urgente: Deputada Erika Hilton tem Gênero Alterado em Visto para os EUA!
A deputada federal brasileira, Erika Hilton, enfrentou uma situação alarmante ao ter seu gênero alterado para masculino durante a emissão de um novo visto para os Estados Unidos. A parlamentar não hesitou em denunciar o ocorrido como um ato de “violência” e “transfobia de Estado”.
Erika Hilton, figura proeminente do PSOL e uma das primeiras mulheres trans a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados, planejava participar de uma missão oficial nos EUA. No entanto, a deputada tomou a firme decisão de não viajar ao receber um documento que não refletia sua identidade de gênero como mulher.
A Ordem Executiva de Trump e Suas Consequências
A alteração no visto de Erika Hilton é uma consequência direta de uma ordem executiva assinada por Donald Trump logo no início de seu governo. Em seu discurso de posse, o ex-presidente declarou:
“Será política oficial dos EUA que existam apenas dois gêneros, masculino e feminino”.
O decreto estabelece que esses gêneros são imutáveis e fundamentados em uma “realidade fundamental e incontestável”. De acordo com o texto, o sexo é definido no momento da concepção, com base nas células reprodutivas produzidas.
Medidas Polêmicas e Restrições Impostas
A ordem executiva de Trump, intitulada “Defendendo as mulheres do extremismo da ideologia de gênero e restaurando a verdade biológica ao governo federal”, determina a remoção de orientações, políticas e formulários que promovam a “ideologia de gênero radical”.
Além disso, a medida proíbe o uso de fundos federais para a promoção da “ideologia de gênero” e estabelece que passaportes e documentos oficiais incluam apenas um dos dois gêneros reconhecidos.
Críticas e Controvérsias
A determinação de Trump vai de encontro ao consenso da Associação Médica Americana e de outros grupos médicos, que defendem que sexo e gênero são melhor compreendidos como um espectro, em vez de uma definição binária.
As Ações de Trump em Números: Um Ataque às Políticas de Gênero
Desde o início de seu governo, Trump implementou uma série de medidas para restringir as políticas de gênero. Veja algumas delas:
- Remoção de termos inclusivos: Palavras como gay, lésbica, bissexual e LGBTQ foram retiradas de sites federais.
- Fim de programas de diversidade: A Casa Branca encerrou programas de diversidade no governo.
- Restrições para pessoas trans em prisões: Mulheres trans presas foram designadas para cumprir pena em prisões masculinas, embora a decisão tenha sido suspensa pela Justiça.
- Suspensão de passaportes não-binários: A emissão de passaportes com gênero “X” foi suspensa.
- Banimento de soldados trans: Trump abriu caminho para o banimento de militares transgêneros, mas a medida foi suspensa por uma juíza.
- Restrição de transições de gênero: Transições de gênero foram restringidas para menores de 19 anos.
- Corte de fundos para disciplinas sobre gênero: Trump ordenou o fim de fundos para disciplinas que abordam racismo e teoria de gênero nas escolas.
- Proibição em eventos esportivos: Meninas e mulheres trans foram proibidas de participar de eventos esportivos femininos.
Outras Vítimas da Medida: Atriz de Euphoria Relata Caso Semelhante
O caso de Erika Hilton não é isolado. A atriz trans Hunter Schafer, da série “Euphoria”, também relatou ter tido seu gênero alterado no passaporte após as medidas de Trump.
Ação Judicial em Andamento
A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) está processando o governo federal em nome de pessoas transgênero que foram afetadas pela medida. A advogada da ACLU, Sruti Swaminathan, alerta para os riscos que a designação incorreta de gênero em documentos pode acarretar, colocando em perigo a segurança e a liberdade dessas pessoas.