Clara Nunes: A Voz que Ecoa por Gerações – Celebrando 50 Anos de ‘Claridade’

Em 1975, um álbum icônico ascendeu Clara Nunes ao panteão das grandes vozes do samba: ‘Claridade’. Lançado em um luxuoso LP de capa dupla, o disco representou um investimento audacioso da gravadora Odeon e provou ser um divisor de águas na carreira da cantora.

Mas o que tornou ‘Claridade’ tão especial? Vamos mergulhar nos detalhes desse marco da música brasileira:

A Consagração de uma Estrela

Antes de ‘Claridade’, Clara Nunes já brilhava. Em 1974, o álbum ‘Alvorecer’ e o sucesso estrondoso de ‘Conto de Areia’ pavimentaram o caminho para o reconhecimento nacional. A transição de Clara para o samba se mostrou acertada, sincera e, acima de tudo, irresistível.

A Produção e os Bastidores

A transformação de Clara em sambista foi meticulosamente orquestrada por Adelson Alves, radialista e produtor musical. Juntos, eles lançaram um álbum em 1971 que impulsionou a cantora ao estrelato com o hit ‘Ê Baiana’. Adelson produziu os álbuns seguintes de Clara até 1974, mas o relacionamento amoroso entre os dois chegou ao fim na época de ‘Claridade’.

O novo amor de Clara, o compositor Paulo César Pinheiro, não assumiu a produção do álbum, mas deixou sua marca como compositor em duas faixas: ‘Valsa do Realejo’ (com Guinga) e ‘Bafo de Boca’ (com João Nogueira).

A Mente por Trás dos Arranjos

O talentoso violonista Hélio Delmiro, indicado por Paulo César Pinheiro, foi o responsável pelos arranjos e pela produção executiva do álbum, em parceria com Renato Correa, diretor de produção.

O Repertório: Uma Viagem pelo Universo do Samba

A influência de Adelson Alves ainda se fez presente no repertório de ‘Claridade’, especialmente no lado A do disco, considerado impecável. Adelzon foi o responsavel por aproximar Clara dos bambas da Portela, como Candeia:

  • Candeia: ‘O Último Bloco’ e ‘O Mar Serenou’ (um dos maiores sucessos do álbum)
  • Alberto Lonato: ‘Sofrimento de Quem Ama’
  • Nelson Cavaquinho: ‘Juízo Final’
  • Romildo Bastos e Toninho Nascimento: ‘A Deusa dos Orixás’
  • Aníbal da Silva, Eden Silva e Tufic Lauar: ‘Tudo é Ilusão’
  • Ismael Silva: ‘Ninguém Tem Quem Achar Ruim’
  • Ivor Lancellotti: ‘Às Vezes Faz Bem Chorar’
  • Monarco e Walter Rosa: ‘Vai Amor’
  • Cartola: ‘Que Sejas Bem Feliz’

O Legado de ‘Claridade’

Mesmo com o lado B considerado menos impactante, ‘Claridade’ se consagrou como um marco na carreira de Clara Nunes e na história do samba. Relançado em LP, o álbum celebra 50 anos como um testemunho da imortalidade de uma das maiores cantoras do Brasil.

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