🚨 Alerta Urgente em Roraima: Comunidades Indígenas Isoladas! Você Precisa Saber Disso! 🚨
A temporada de chuvas em Uiramutã, Roraima, trouxe um cenário devastador para as comunidades indígenas locais. A população enfrenta desafios diários com plantações submersas, escolas inacessíveis e pontes destruídas. Descubra como a resiliência dessas comunidades é testada a cada dia.
O Impacto das Chuvas nas Comunidades Indígenas
Uiramutã, município com a maior proporção de indígenas no Brasil, enfrenta um período chuvoso rigoroso que isola comunidades inteiras. As cheias dos rios dificultam o acesso a serviços essenciais como educação, saúde e transporte de alimentos. Acompanhe os principais problemas:
- Escolas Fechadas: Crianças impossibilitadas de frequentar as aulas devido às estradas intransitáveis.
- Plantações Arruinadas: Perda de colheitas, comprometendo a segurança alimentar das famílias.
- Pontes Destruídas: Isolamento de comunidades, dificultando o acesso a serviços e recursos.
A Luta Diária em Uiramutã
Localizada na tríplice fronteira com Venezuela e Guiana, Uiramutã enfrenta dificuldades adicionais devido à precariedade das estradas. A principal rodovia, RR-171, é uma estrada de barro repleta de buracos, tornando o acesso ainda mais desafiador.
Com 222 comunidades indígenas, a região possui uma população de 13.751 habitantes, dos quais 96,60% se autodeclaram indígenas. Atualmente, 60% dessa população está isolada devido às chuvas, levando a prefeitura a decretar estado de emergência.
O Decreto de Emergência e as Comunidades Afetadas
O prefeito de Uiramutã, Tuxaua Benisio, decretou emergência após identificar 18 comunidades isoladas pelas chuvas. As áreas mais afetadas incluem:
- Vicinal Caracanã e outras comunidades como Serra do Sol, Área Única, Arikamã.
- Comunidade Água Fria.
- Comunidade Mutum.
Testemunhos e a Busca por Soluções
A equipe do g1 percorreu diversas comunidades, como Canapã, Barro, Makukem e Flexal, para ouvir as lideranças locais. Entre a lama e a água, a principal demanda é por providências urgentes.
O tenente-coronel Leonardo Menezes, da Defesa Civil de Roraima, enfatizou a gravidade da situação:
> “Todas as comunidades indígenas da região estão passando por dificuldades. É uma área de acesso extremo, com estradas ruins, serras, pontes precárias, igarapés. Quando chove lá, a situação se agrava muito. Toda aquela região está em situação crítica.”
Um relatório foi enviado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, buscando a decretação de emergência a nível nacional. A prefeitura de Uiramutã protocolou o relatório, que está em análise.
A Resiliência das Comunidades: Pontes de ‘Madeira, Machado e Coragem’
Na comunidade Flexal, a 28 km da sede de Uiramutã, os indígenas macuxi produzem feijão e mandioca para a produção de farinha. A cada ciclo de chuvas, a história se repete: pontes são arrastadas, estradas ficam tomadas pela lama e plantações são ameaçadas.
Para chegar à comunidade, é necessário atravessar igarapés com carros e caminhões, já que as pontes foram construídas pela própria comunidade.
O Impacto na Educação
A Escola Estadual Tuxaua Pedro Barbosa, que atende 238 estudantes de 8 comunidades, enfrenta dificuldades. Com a cheia dos rios, os alunos precisam ir a pé para a escola, ou simplesmente não conseguem ir.
Em Uiramutã, são 66 escolas estaduais e 5.323 estudantes matriculados. A Secretaria de Educação (Seed) informou estar ciente da situação, mas ainda não recebeu notificações oficiais sobre a paralisação das atividades letivas.
A Voz das Lideranças Indígenas
O tuxaua de Flexal, Abel Barbosa, resume a situação:
> “Quando a cheia vem, leva tudo. As pontes somem. A estrada desaparece. E a nossa produção fica encalhada.”
A comunidade de Barro, com 126 indígenas macuxi, enfrenta problemas semelhantes. A ponte que ligava ao Igarapé Pequeno foi destruída em 2024 e nunca foi reconstruída.
“Aqui, Tudo é Feito a Pé”
Sem transporte escolar, os estudantes estão há meses sem aulas. O tuxaua Ivanicio Barbosa relata:
> “Tem estudante que vinha da outra comunidade pra estudar no Flexal, mas agora não estão mais vindo. A ponte caiu e não tem como atravessar.”
A Perda da Produção e a Insegurança Alimentar
A comunidade Makuken, a 17,7 km de Uiramutã, teve a plantação de mandioca devastada pela cheia. O tuxaua Cláudio Sousa Pereira lamenta:
> “Quando veio essa enchente, a água passou e levou tudo. A maniva ficou no fundo da água, morreu. E é com essa maniva que a gente faz a farinha. Isso deixou a gente muito preocupado, porque daqui pra frente vai faltar farinha.”
A Adaptação e a Resiliência em Canapã
A comunidade Canapã, dividida pelo rio Maú, enfrenta a cheia anual adaptando-se à realidade. Carros são substituídos por quadriciclos, e uma balsa improvisada realiza o transporte.
O segundo tuxaua, Charles da Silva, explica:
> “A gente aprende a conviver com a água. Não tem outro jeito. Mas isso não quer dizer que está tudo bem. A dificuldade existe, principalmente com transporte e saúde.”
O Clima e a Falta de Estrutura
Segundo o meteorologista Ramon Alves, a tendência é que as chuvas diminuam. No entanto, a falta de estações meteorológicas automáticas em Uiramutã dificulta a previsão precisa.
Diante desse cenário, a população indígena de Uiramutã clama por atenção e apoio para superar os desafios impostos pelas chuvas. Compartilhe esta história e ajude a amplificar suas vozes!