Mãe em Luto Busca Justiça Após Morte de Adolescente por Policiais em Goiás

Núbia Ferreira Bastos, mãe de Walisson Barros dos Santos, adolescente falecido em um confronto com policiais militares, compartilha sua dor e busca por justiça. Em meio ao tratamento psiquiátrico, ela clama por punição aos envolvidos na tragédia que abalou sua vida e a de outras famílias.

O caso, que ocorreu em 2019 no Setor Jardim das Aroeiras, em Goiânia, resultou na morte de Walisson e outros dois adolescentes. Os policiais, inicialmente absolvidos, enfrentarão júri popular após recurso do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

A Dor Insuperável de uma Mãe

Em entrevista ao g1, Núbia expressou a intensidade de seu sofrimento:

“Vivi para isso, para hoje […] A mãe perder um filho é um sofrimento. É luta em cima de luta. Faço tratamento com psiquiatra e com psicólogo. Eu tomo remédio também para dormir e ficar tranquila.”

Núbia buscou apoio do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e da Defensoria Pública, mantendo a esperança de que a justiça seja feita.

Detalhes do Caso e os Acusados

  • Os policiais Ricardo Martins Vinhadelli, Pablo Andrade Corrêa, Willian Kennedy Palmier Capucho Leão, Paulo Henrique Borges e George Gomes de Souza, integrantes do GIRO, são acusados pelas mortes.
  • Após a absolvição inicial, o TJGO determinou que os réus sejam submetidos a júri popular.
  • O g1 tentou contato com a defesa dos policiais, mas não obteve resposta.

A Busca por Justiça se Estende a Outras Vítimas

Além de Walisson, Pedro Henrique Souza Santos e Maycon Ferreira Conceição também perderam a vida na ação policial. Familiares das vítimas compareceram ao julgamento com uma faixa comovente: “Justiça pelos nossos filhos. Mães pela paz”.

A Perfil de Walisson

Segundo Núbia, Walisson era um jovem trabalhador, repositor em um supermercado, sem histórico de problemas ou envolvimento com atividades ilícitas.

O Trágico Encontro e a Confusão Fatal

Núbia relatou que a polícia já havia procurado seu outro filho, Thalisson, antes do ocorrido, levantando a suspeita de que os policiais possam ter confundido os irmãos. Thalisson também foi assassinado seis meses após a morte de Walisson.

Relembrando os Fatos

A denúncia do MP detalha que, em 25 de março de 2019, os policiais do GIRO se dirigiram à casa de Maycon em busca de um carro Voyage preto supostamente utilizado em roubos na região. Ao chegarem, arrombaram o portão e efetuaram disparos contra Pedro Henrique, que faleceu no local.

Walisson e Maycon tentaram escapar pulando o muro, mas foram perseguidos e mortos pelos policiais. Walisson foi atingido por três tiros e Maycon por nove.

Um laudo pericial revelou que as impressões digitais encontradas no carro não correspondiam às das vítimas.

Fonte: g1 Goiás

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